O coração na infância ri, transbordando inocência pelos olhos.

O coração na adolescência pede vigor e empurra para juventude abandonando quieto de posse da explosão dos hormônios as nuances lindas da infância a perceber os perigos da madurez no migrar de célula em célula.

O coração do jovem clama, vigia! E acha-se seguro no conceito que a estrada nunca terá fim.

O coração do adulto pede, para! E descobre-te mortal no ajeitamento das células tal qual tijolos assentados em construção sagrada.

O coração na velhice pede, relembra! E faze as pazes com os inimigos e aproxima-te dos cabelos brancos que obrigam a perdoar.

Irmão, tem um coração apenas na jornada de cada vida, que é infinita em sua duração única.

Apenas para prosseguir peço que ame: ame a voz barulhenta como um canto de um pássaro entoado aos ouvidos, numa canção de sofrimento que o menos entendido clama por atenção, pois dor é dor só quando não se entende.

Este que bate hoje é teu coração onde habita teu carrilhão que programado antes de tua chegada ao berço, te avisará de tempos em tempos numa melodia linda de oração que embalará teu espírito na canção da alma nas sagradas etapas da valsa da vida!

Dobra-te e relembra sempre o fluxo de amor de que com certeza és e sempre serás capaz de te equilibrar e de compreender que o que nos completa é o amor que sentimos

sem esperar ser amados.

Fé, Retidão e Esperança

Thiago     27/06/ 2012