QUE HOMEM FOI UM CERTO JESUS…
Que homem foi esse que num humilde reinado nasceu, já sabendo de sua missão, de seu fim…
Assim, fazendo-se carne, veio entre nós habitar…
Que homem foi esse que, andarilho entre os povos, com Ele levou seguidores. Contra Ele, tantos e tantos…
Que homem foi esse que sarou as chagas dos leprosos, curou doentes, ressuscitou os mortos, multiplicou o pão e o vinho e, amou…
Que homem foi esse que no Monte das Oliveiras sobre uma pedra quedou-se e, ali, fraquejou! Perguntou ao Pai o por quê? Acovardou-se fragilizado com o que haveria de chegar… Mas, ato contínuo, reequilibrou-se, a Deus, Seu Pai, entregando-se e a Ele orando o mais perfeito poema-oração: “Pai nosso que estais no céu, santificado é o Teu nome, venha a nós o Teu reino e que a Tua vontade se faça tanto na Terra como no Céu. O pão de cada dia, dai-nos hoje, perdoai nossas dívidas tanto quanto aos nossos devedores, não nos deixeis cair em tentação e livrai-nos de todos os males, pois Teu é o reino e a glória para todo o sempre. ..”
Que homem foi esse que em sua “Via Crucis”, espinhos rasgando-lhe a fronte e ombros dilacerados pelo peso de seu leito de morte, caminhou para o calvário, em silêncio, trôpego, sem nada dizer, suportando as pedras, os escarros, as galhofas. Os desditos que a Ele foram lançados…
A um lado, a Virgem Maria, Sua mãe e, de outro lado, Magdalena, a prostituta…
Que homem foi esse que com cravos à cruz foi pregado, bebendo fel para aliviar sua sede, rasgado pela dor dos instantes finais, no Pai pensou pedindo-Lhe: – “Pai, perdoai-os, pois não sabem
o que fazem…”
Com a Virgem Maria a sua frente ajoelhada pela dor que cortava seu ventre, pois sabedora era de Sua caminhada, mas que em suas entranhas já o sentira um dia… e com Magdalena, com o amor e a sua eterna gratidão ao Mestre, ali deu Ele o seu suspiro final…
Que Espírito foi esse que ao terceiro dia ressurgiu dos mortos para ir-se sentar à mão
direita de Deus Pai…
Que Espírito é esse que hoje e para todo o sempre lá permanece nos amando, velando por nós, pronto para socorrer-nos a qualquer instante em que Dele precisarmos, nos afagando, nos consolando, nos acompanhando e fazendo de nós, se assim o permitirmos, seus irmãos e
filhos de Deus!
Que Espírito é esse que dispensou títulos e nobrezas para, até hoje, ser chamado, apenas, pelo nome que Sua Mãe Maria deu-lhe sobre as palhas de um estábulo: chamado pela singeleza das flores, do orvalho, da lua…, chamado por em pequeno nome que significa AMOR; chamado, tão somente, de JESUS! Que Deus os abençoe.
Médium: Mª Helena Mourão PAULO DE TARSO 04/04/01