Reunião IASFA 20.03.2013

Publicado em 20 de março de 2013

Reunião IASFA 20.03.2013

Bálsamo para a alma, luz para clarear as sombras causadas por desavenças, clarividência esclarecedora dos intrincados meandros de vidas em desajuste, o perdão é o único caminho para a reconciliação, para a pacificação entre espíritos que tiveram ou têm a experiência de se acharem no direito de cobrar dívidas e compromissos uns dos outros. Obsessor e obsediado vivem vidas inteiras sob as amarras do sofrimento, fruto de traições, intolerâncias, incompreensões, compromissos descumpridos, enfim, uma gama de motivos que, à primeira vista, poderiam ser resolvidos através de uma simples conversa, de um entendimento. Entretanto, o egoísmo, o mal maior da humanidade, aliado ao orgulho, impede que o espírito, ainda imperfe ito, tenha a clareza de raciocínio para, humildemente, estabelecer qualquer interesse na solução dessas crises. O resultado é a eternização do sofrimento que, por fim, torna o espírito vítima de suas próprias armadilhas, quais sejam, a obsessão e a culpa não resgatada.

Só o perdão é capaz de dirimir esses elos que, cada vez mais, atrofiam e prendem vidas, umas às outras, numa eterna cobrança cruel, o bastante para infringir no espírito humano doenças, loucuras, desajustes, ódio, preguiça, desconfiança, e tudo o mais que possa desestabilizar a alma, fazendo-a vivenciar dias difíceis que se prolongam tanto mais quando se esquiva da busca de uma solução. Enquanto não buscarem a ajuda, seja aqui neste orbe, seja no plano espiritual, para encontrarem o verdadeiro significado de seus sofrimentos por meio da compreensão, do entendimento, do perdão, mais difícil e espinhosa será a vida desses espíritos.

Ninguém está livre de cometer enganos, desacertos, de ferir a alma de outrem, de impingir no outro sentimentos de ódio, de desconfiança, traição. Somos espíritos ainda aprendizes, portanto, suscetíveis de errar, de cometer desatinos, eis que fiamos muito mais na nossa intuição do que nos ensinamentos cristãos que diz para agirmos com cautela, com humildade, vigiando e orando para que nossos atos, nossos pensamentos, nossas atitudes não causem danos a quem quer que seja. Temos, pelo conhecimento, a obrigação de agir mais no sentido de sermos bons, de sermos úteis, de sermos compreensivos com aqueles que ainda não conhecem o suficiente para agir de modo diverso, ou com aqueles que, mesmo já sabendo os caminhos do Cristo, teimam em agir segundo sua intuição, secundado pelo egoísmo, pela vaidade, pelo orgulho.

Contudo, para que sejamos capazes de perdoar é necessário que, primeiro, saibamos amar, pois que sem amor, o perdão é porta entreaberta que pode ou não conduzir à reconciliação, à paz duradoura e construtiva. Por isso, irmãos, busquem amar, não o amor egoísta que atende tão somente aos nossos interesses. Mas, sim, o amor incondicional, que não encontra barreiras na cor, no sexo, na idade, na origem, na condição social, devendo, sempre, observar a humildade e a misericórdia que permite a cada um agir sem pensar no seu próprio bem, mas apenas levar a cada qual um pouco de fé, de esperança, de coragem para reiniciar seus passos no caminho da libertação.

Ao final, após esse trabalho de paciência junto a espíritos sofredores, a mão do Senhor nos ajudará a encontrar a solução para o nosso próprio sofrimento e daqueles com quem, certamente, estaremos unidos pela obsessão, fruto de incompreensões de vidas vividas em desalinho.

 

Pe. Filipi D’Almada      Carlos Alberto, 13/03/2013.


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