SE EU GOVERNASSE O MUND0
Ah Senhor, se eu governasse o mundo! Se eu realmente pudesse impedir o que os governantes do planeta desejam, acham, compreendem e tem em suas mentes.
Ah se eu pudesse! Eu mostraria em 1º lugar, o verdadeiro significado da paz e da concórdia. Mostraria que não é a disputa nem a concorrência que somam, e sim é a união que pode alterar. Não é o antagonismo que faz crescer e sim as forcas que emanam da simplicidade, da humildade e da coragem. Não é nem a vaidade nem o orgulho desenfreados em nome do poder e da ganância, e sim dos bons exemplos que nos chegam pela observação da linda natureza que dá sem nada exigir em troca.
Eu elegeria uma criança. Não seria uma utopia, pois, ela mostraria aos “senhores”que é na sua pequenez e na sua dependência que reside sua força. Ela é um ser solidário, sabe o que quer, vive ocupada com coisas puras relacionadas ao seu interesse. É um ser social que a tudo respeita, pois é intrínseco seu auto respeito. É sincera, espontânea, não ri sem vontade, não concorda por concordar, para ser aceita. Só precisa de educação para mais tarde ser a própria sociedade, em papéis íntegros e saudáveis.
Ah! Se eu pudesse governar o mundo, eu diria para vocês, senhores do poder, que de nada vale seu poder. Ele é transitório, fácil, insatisfatório e vai rapidamente se desintegrar. Sabem por quê? Seus alicerces são os piores possíveis. Eles estão contaminados com o cupim da raiva, da maledicência, do orgulho, da inveja. Desconhecem o verdadeiro sentido da caridade, da luz fraterna, do altruísmo, da sinceridade.
Eu olharia para vocês com muita piedade, antevendo o que vocês não têm, mas, poderiam ter. Vocês, que se acham os senhores do mundo, só por causa do poder aquisitivo e da força, são dignos de pena. Tenho compaixão e rezo para que um dia, na volta da vida, vocês ainda possam ser ao invés de ter!
Ah!Então eu diria: – Obrigado Senhor por muito poucos estarem no Seu caminho, mas, por estes “muito poucos” ainda se iluminarem com a luz da fé, da esperança, da caridade. Através destes poucos, os “muitos” quem sabe, se decidirão a mudar e não transgredirem tanto. Quem sabe, como num passe de mágica, os poucos serão muitos e os muitos, cada vez menos?
Senhor! Enquanto não pudermos governar o mundo, faze-0 por nós. Pelo menos, nos intua, para que possamos mudar o que possa ser mudado e aceitar o que ainda infelizmente, não pode ser modificado…
(Lawrence Jourdan)