Sofri e não sabia entender, que ao atravessar a vida por completo atendendo ao convite da morte, me apanhei em súbito desespero! O que se fazia em minha frente, era tudo que cultivei em meu mundo íntimo nos dias da vida corpórea, embora letrado e relativamente em paz no meu entender, externava uma alegria artificial e inverossímil, não entendia as leis superiores, o que eu fazia ao dissabor de me apoiar em um coração pretensiosamente ateu. Não permiti aos apelos comoventes das orações de minha mãe, que hoje suplica no afastamento vibracional elevado, que me impede o encontro livre; desperdicei todas as chances de aproximação na oportunidade da carne que aproxima a todos na obra que hoje facilmente reconheço o arquiteto; orações que ainda hoje me fazem enorme bem na condição confessa de espírito, que ainda assim me fazem o questionar dos haveres, e conjecturar tudo no plano mental.
Fazem me sentir os pensamentos e não mais ignorá-los como ferramenta menor. Fazem me aterrorizar e redigir por meio desta a moral que tão pouco conta se desampara o tolo.
Hoje de certo o que clamas de ódio e sentimentos menores, não fazes a idéia da real proporção que vem a tomar, quando nas igualdades em Deus na criação e na doação de teus inferiores sentidos que emprestam vida na matéria diária do encarnado.
Assim é preciso ser responsivo e se enlevar todos os momentos, sempre se preocupando com o que realmente podes causar.
A pior das incertezas é não ter a capacidade de reconhecer já, que és uma partícula eterna que ganha forma e evolução. Eterna, pois eternidade desconhece leito de dominação e o amor não tem validade.
Carta trazida por Thiago do Amigo Ricardo. 16/08/2013