Aparências
Os ritmos da natureza são indiscutíveis e absolutos. O sol sempre vai brilhar independente das nuvens e intempéries. Fases da lua, movimento das marés, terras, oceanos e mares tudo num processo harmônico pré- estabelecido. Nós, seres humanos deveríamos também coexistir, com no mínimo, respeito. Deixamos de nos escutar para vivermos de aparências. A sociedade com seus “rótulos”, sempre parece predominar em nossos gostos e ações. Tudo aceitamos como natural em nome de culturas muitas vezes, incoerentes. Deixamos de lado nossas opiniões, damos poder a quem não o tem por direito, deixamos de agir e pensar voluntariamente, esquecendo que somos seres livres, só para nos sentirmos incluídos e atuantes. Aparências que não nos permitem o crescimento interior, o auto-acolhimento, o auto perdão, atingindo muitas vezes nosso emocional. Onde a nossa criança interna que vai nos fazer realmente olhar e ver, ouvir e escutar, gostar e amar, executar sem transgredir, respeitar o que posso e gosto de fazer me levando ao equilíbrio, sorrir sem medo, ser feliz independente de regras e procedimentos sociais. Sendo nós mesmos, com nossos sonhos, nossa vontades, nossos comportamentos. Tudo seria mais lógico, mais salutar, mais tranquilo, sem irreverências e desagrados. As submissões não aconteceriam tanto. Com a predominância do respeito ao semelhante, todos conviveriam melhor, tudo seria mais simples, e teríamos o verdadeiro poder em nós, como filhos de Deus com uma energia interior, não transitória, mas, verdadeira. Não agiríamos por vaidade, mas por competência adquirida por esforço próprio e sem a predominância do egoísmo. Todos então poderiam conviver melhor independente de raça, cor, religião, cultura. Não aparentemente, mas verdadeiramente.
(Lawrence Jourdan)