Reunião IASFA 13.08.2014

Publicado em 14 de agosto de 2014

Reunião IASFA 13.08.2014

Não pise mais aqui “

Tudo era novidade e alegria quando Talita chegava para curtir as férias de fim de ano na casa de vó Gertrudes. Sara  adorava as histórias e novas brincadeiras da amiga. Filha de Zelita, que era como se fosse da família, pois, desde que perdera o marido  morava com os donos da casa e ajudava em tudo. Seus quitutes eram famosos. Criava a única filha com zelo, amor e principalmente integridade. Suas conversas entremeadas de exemplos eram apreciadas pela filha que tinha grande admiração pela mãe, que apesar de humilde, lhe dizia que todos tem seu valor, independente de raça, cor, religião. Respeito por si e pelos outros é fundamental. Deus estará  presente sempre  que mantivermos um pensamento de fé, com otimismo, solidariedade e trabalho. Talita, descontraída, sempre procurava pela amiguinha  mostrando suas roupas novas, seus lindos vestidos e doava o que não era mais apreciado. Zelita fazia com que agradecesse tudo embora incutisse na filha o amor aos estudos. Um dia, ela seria uma profissional competente e se Deus quiser, independente e feliz, pois, dependia dela seu sucesso. O tempo passou e Talita procurou outros lugares para se divertir. Sara, cada vez mais estudiosa, já sabia lidar com  sua mais nova aquisição: um computador que lhe permitia não só fazer pequenos trabalhos como também ampliar seus conhecimentos.    Adquirido com sacrifício era  meio de distração e trabalho. Conseguiu uma inscrição através de redes sociais e logo estava contratada para um trabalho de pesquisa. Eficiente e responsável era uma funcionária não só requisitada, mas respeitada por todos. Já podia morar sozinha, mas, tinha compaixão pelos donos da casa e pela mãe idosa. Qual não foi a surpresa quando receberam a notícia da vinda de Talita que viria com amigos no final  do mês. Mais surpreendida ficara com a maneira  de Talita tratar  a avó e as pessoas da casa. Era uma moça arrogante e autoritária. Sara procurava não se aproximar muito nos poucos momentos que estava com o grupo. Um dia foi convidada para uma reunião à luz de velas, no jardim.   Deu uma desculpa, mas a pedido da mãe tentou se distrair pensando que todos somos iguais e precisamos uns dos outros. Zelita, ao servir um dos pratos aos convidados, sem querer, deixou o molho cair na roupa de uma das moças  e foi humilhada. Sarita, defendendo a mãe, tentou explicar que poderia  lavar a peça e que nada se perderia. Talita já alterada pelo consumo exagerado de bebida, disse-lhe para sair: “Não pise mais aqui”! Surpresa e envergonhada, dirigiu-se a seu quarto. Sua mãe pediu que perdoasse, pois,  a fortaleza da pessoa está também no saber perdoar! O tempo passou e um dia Sarita foi requisitada para cuidar de um caso grave de uma doença que não era combatida com antibióticos comuns. Agindo com  destreza e habilidade  nos exames apresentados  não prestou atenção no nome da paciente. Sua pesquisa estava certa e o mal foi debelado. Ao ser chamada para conhecer a pessoa que praticamente salvou a vida, olhou espantada: Talita com olhos marejados pedia que não só a perdoasse, mas que a ajudasse a ser uma pessoa melhor, permitindo que  contribuísse com seu maravilhoso trabalho, tão necessário e ao mesmo tempo tão desconhecido pela grande maioria das pessoas. Ao ver o sorriso da mãe, pode enfim compreender o valor da humildade, do perdão  e da solidariedade.

 

(Lawrence  Jourdan)


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