Reunião IASFA 28.01.2015

Publicado em 2 de fevereiro de 2015

Reunião IASFA 28.01.2015

Caixinha de surpresas

 

Vó, você lembrou do meu aniversário? Claro, querido! Como vou esquecer? Tenho mais de 90 anos, mas ainda, muito amor no coração. Ele não se esgota com o tempo. Quanto mais distribuo, mais se fortalece. Meu filho, isto é para você. Mas, você só poderá falar sobre isto, daqui a três meses, no meu aniversário de 93 anos, promete? Se eu ainda estiver viva. Claro vó! E não fale em morte, por favor! Caio, ela é uma transformação, não um término. Abriu o presente. Era uma caixinha. Veria depois. Abrira mão do carro e usava o ônibus para ir para o trabalho. Admirava aquela mulher que ensinava até através do silêncio, com sua humildade e grande sabedoria. Todo dia, cedo ainda abria a caixinha e lia as mensagens. Sem querer, começara a interligar o que estava escrito com os fatos do dia a dia. “Nunca abra mão da caridade. Faça em nome de Jesus.” Ao distribuir alimento às pessoas embaixo dos viadutos, passou a olhá-los nos olhos. Via agora não só olhares apagados e desiludidos,  mas, agradecidos. Isto o emocionou. Um dia, Carlinhos, seu aluno, chorou compulsivamente quando o colega o chamou  adotado! Você não é filho deles! Caio, então, contou-lhe a sua história. Era também filho do coração e muito amado.  Abraço forte de segurança, entendimento, consolo. “Você é único não se martirize com ciúme, inveja, complexo de inferioridade. Deus não distingue suas criaturas!” Não haja assim, falou para o amigo: Sua noiva vai se surpreender: Dê–lhe liberdade. Quanto mais se sentir livre, mais precisará de você. Você a agride com seus ciúmes e insegurança. Interpreta errado o que ela diz. Experimente. A fortaleza é interna. Não está no outro. “A dor ensina e precisa acontecer para que aprendamos a nos sentir melhores.” Visita aos doentes no hospital. Parecia que eles já esperavam a palavra amiga. Como se sentia bem ao poder ajudar. Não lhe custava nada. Pelo contrário. Aprenda a orar contar com Jesus em toda e qualquer dificuldade. Na faculdade, nos grupos de estudo, nas reuniões, começara a notar a vaidade, a necessidade de aplauso, do desejo de só querer aparecer e não  de beneficiar o grupo. Falta de gentileza, de modéstia. Como somos falhos. “Precisamos nos fortalecer e não julgar. Procure aprender com o que não concorda com você. Todos somos diferentes. Cada um tem suas razões. Pratique o perdão.” “Não tenha nem pratique qualquer tipo de preconceito. Somos todos irmãos e claro, muito diferentes.” Gorda, negra, triste, Inês sentia-se um peixe fora d’água. Como fora difícil ingressar na faculdade. Caio percebia seu olhar fugidio e inseguro. Aproximou-se, colocou-a no seu trabalho de pesquisa e lutou para que se destacasse na apresentação. Aos poucos foi se integrando e percebeu que o preconceito era dela mesma. Com a ajuda do amigo percebeu que qualquer tipo de mudança dependerá  sempre de si próprio. “ Não se destrua com  raiva, mágoas, angústias, vícios. Ame a todos incluindo a natureza.” Rapidamente o tempo passou e no aniversário de 93 anos da vó, Caio devolveu-lhe a caixinha vazia com uma única mensagem: “Valeu vó! Te amo demais! Meu melhor presente é dizer-lhe o quanto te amo e admiro. Parabéns! Hoje sou uma pessoa mais tolerante e paciente. Tento me melhorar cada vez mais para ser um neto digno de você”. Te amo! Lágrimas, emoção.  Apenas uma caixinha de surpresas…

 

(Lawrence Jourdan)


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