Por mais que saiba que o mal não deve ser praticado, o homem está sempre cedendo às tentações.
Ele sabe que o vício, a calúnia, a mentira, a vingança, o furto, o homicídio em todas as suas formas são atitudes contrárias à Lei Divina, à boa convivência entre os humanos, mas sempre se deixa dominar por seus eflúvios inebriantes.
Ele tem a inteligência, conhece as manhas que o envolvem, se apercebe da fatalidade do erro vindouro e não se convence de que é capaz, forte o bastante para evitar-lhe as influências.
Dispõe de meios que podem sustentar suas forças para, resignadamente, recolher-se na Seara Bendita sem pejo nem receio. Pudesse o homem refletir antes de agir no mal e veria quão inútil é esta ação, quão maléfica para todos é um simples pensamento contrário ao bem de quem quer que seja, inclusive dele próprio.
A lei de causa e efeito é perfeita para o aprendizado do espírito renitente no mal. Aqui ele planta aqui ele colhe. Ninguém foge à própria cruz, se crucifica a outrem. Ninguém sobe um degrau na escada do aperfeiçoamento moral e espiritual se não volta no caminho para resgatar ou desculpar-se com o seu desafeto.
Portanto, não perca tempo deixando-se envolver nos braços da desventura travestida de fortuna, riqueza, de conforto sem merecimento, de alegria tinta da tristeza alheia, de sucesso à custa do declínio do outro. Tudo não passa de uma grande ilusão que logo se transforma em sofrimento e dor.
Prefira a vida simples, porém vivida na humildade, na retidão, no bem e na verdade que ensina: “Ninguém vai ao Pai senão por Mim (Jo, 14.6).”
Deus abençoe a todos!
Pe. Philip D’Almada. 24/03/2015.