Deslizes
Queremos ser bons, ponderados, pacíficos, caridosos, sem vaidades, sem orgulho, cônscios das responsabilidades. O bem sendo sempre o nosso maior objetivo. Sabemos que o pensamento é a força indutora que tudo pode alcançar, transformar, canalizar e que tudo vai depender de nós. Mas… Por quê? O mal que não queremos e tanto vemos, e criticamos, nos surpreende e sem necessidade aparente acontece, de forma dificilmente esporádica. Inconscientemente até, temos conhecimento que a nossa reforma será em 1º lugar, íntima, aliada ao esforço, a nossa força de vontade. Mas… Dificilmente nosso olhar é benigno, nosso sorriso se mantém “preso” não queremos ouvir os outros com seus problemas, pois, temos os nossos e temos que resolvê-los. Nossa paciência se esvai e, por pequenas coisas, logo reagimos com intolerância e agressividade. Aí o arrependimento nos visita, mas, o nosso orgulho, vaidade e egoísmo sobrepõem e se instalam novamente. Deslizes! Afastamento temporário da grande paz interior. Distanciamento da alegria plena conseguida pelo amor incondicional ao próximo, pela caridade, pelo perdão, pela benevolência, pela auto- perseverança no bem. Um dia, talvez, possamos errar menos, transgredir menos, julgar menos, criticar menos e amar mais nos assumindo mais. Os deslizes então, talvez não aconteçam tanto. Um dia…
(Lawrence Jourdan)