“O que importa não é o fardo, mas como o carregamos.”

É preciso ter coragem de ser o que se é, sem iludir colocando uma máscara e vivendo uma vida diferente daquela que vai em seu íntimo.

É preciso ter coragem de tirar a máscara e se apresentar ao natural.

É preciso ter coragem para enfrentar, sem qualquer ilusão, a realidade da vida e não se permitir duvidar e murmurar em desespero, por fraqueza ou impotência temporária.

É preciso ter coragem de se ser paciente e prudente, quando entes amados enveredam por caminhos tortuosos da ilusão e, dia após dia, se entregam sem receio, desconhecendo a maneira de se desligar das malhas da dor.

É preciso ter coragem para por o coração à prova de todas as adversidades do caminho e mesmo sofrendo, manter o ânimo firme e as mãos abertas para erguer os caídos do caminho.

É preciso ter coragem de soltar o canto do mais profundo da alma, parecendo um pássaro solitário que observa com os olhos lacrimejantes o nascer do sol, saudando a esperança de dias melhores, apesar da solidão.

É preciso ter coragem de se ser um lutador da vida, pela vida e ao se deparar com as injustiças, com as tristezas, com a maldade, não se entrega ao derrotismo, ao pessimismo e à descrença, ainda, empunha altivo o estandarte da vitória.

É preciso ter coragem de dar o ombro amigo, o silêncio carinhoso, o colo macio, a palavra mansa e fraterna, o coração leal, quando se procura  apoio, afeto e somente se recebe gestos de egoísmo, impiedade e deserção.

É preciso ter coragem pra desvendar novos rumos, dar exemplo de retidão, ter convicção das próprias fraquezas e não se permitir abalar e temer as surpresas desagradáveis daqueles que se admira e se mostram insensíveis, indiferentes e extremamente impessoais, frios e calculistas.

É preciso ter coragem para atravessar caminhos repletos de espinhos, onde pedras se acumulam, impedindo o seguir, quando tempestades de incompreensão surgem e os gritos de agressividade saem dos corações daqueles com quem outrora trocava-se confidências, planejava-se dias venturosos e até se conseguia sentar-se diante das ondas das praias e, em silêncio, orava-se fervorosamente para viver-se uma vida simples e  de liberdade plena.

É preciso ter coragem para demonstrar a fé, exemplificar pureza, semear a igualdade e viver essas virtudes, mesmo lutando intimamente, para afastar os fantasmas que ainda vivem dentro da alma.

É preciso ter coragem para sorrir; para se permanecer fiel a um ideal; para agir com justiça, sem vaidade ou orgulho; para servir, igualmente, ao poderoso e ao fraco; para se esquecer das próprias dores e fraquezas e abraçar as dores e fraquezas do semelhante; para dar de si sem almejar retribuição; para esquecer as ofensas e perdoar; para amar e pelo amor acreditar que essa flor chamada AMOR, jamais perecerá, porque, enquanto houver coragem no coração de qualquer ser humano, a Vida a ser vivida será sempre um ato de coragem.

É da coragem que a Natureza esbanja vida e ao se observar um gota de orvalho; um sorriso na face; um brilho no olhar; um amanhecer de primavera; um por do sol de outono; um pássaro a cantar cortando o céu azul com seu vôo; um arco Iris flutuando no firmamento…. o milagre da coragem transformará o homem e, consequentemente, o mundo.

Até Sempre. Fernando Cesar.  26.07.2013

RECOLHENDO    PEDRAS…

Pedras. Tamanhos, formatos, redondas, leves, pesadas…

Se as jogássemos  contra uma árvore frutífera, ela nos devolveria seu fruto. Mas, com ou sem propósitos, elas são impregnadas de raiva, mágoas, injustiças, infelicidade.       Pedras com a energia da dor. Atiradas a esmo, machucam,   contundem, corrompem, contagiam. Inadvertidamente,     se confundem, estragam, trazendo prejuízos e mais dores. A forca do mar pode ser transformada em energia útil e revitalizante. O vento é também transformado em energia  Por que não o mal em bem? Tentativas da lógica, da verdade, sem subterfúgios, sem medo, com consequências benéficas, apaziguadoras, sutis. Uniã o  e criatividade num trabalho  para a reabilitação da paz. Recolher e transformar! Dor em recolhimento e Arte. Angústia e injustiça em  esperança e fé. Tristeza em alegria. Entulhos,     cacos, objetos quebrados, sobras, material da mais diversa textura em  beleza. Estátuas, molduras, Arte que admira,  contagia, ensina, emprega. Utopia ou mera tentativa?     Dúvidas e certezas a serem trabalhadas com coragem e fé. Atiramos pedras quando julgamos, duvidamos, não nos integramos no bem, criticamos, nos corrompemos, usamos o preconceito, desconfiamos e não nos sustentamos até moralmente. A pilastra a ser edificada, a 1ª, somos nós. E depende de nós. Construções têm que aco ntecer! Em cada um de nós! Pedras recolhidas e transformadas! PAZ e BEM!

(Lawrence Jourdan)

Simples,
Simples é o fato de existirmos para sempre.
Simples na benção e na graça de Deus, para que possamos reconhecer nossa condição de devedores.
Simples é não resistir ao amor que podemos dedicar uns aos outros.
Simples é a memória e a consciência que embalam nossos corações.
Simples é voltar a ajuda do perdão, não para retroceder, mas para que escrever um amanhã melhor, seja tarefa mais fácil.
Simples é perceber que para mudar basta o exercício que tornara forte o músculo da vontade.
Simples é viver, não por instinto, mas para ver na adversidade que lhe assola, um trabalho que cresce em estatura na tutoria da paciência e da serenidade sábia, desabrochando um lindo edifício de harmonia e amor, que quando cresce se veste a caridade e se jubila da paz que alcançou, tal q ual estrela que cintila no céu simples a perceber que vivo na terra és agraciado a cada espetáculo, simples gestos de beleza que estão ao alcance de qualquer um dos sentidos que o encarnado conserva.
Simples é não mentir para si mesmo tentando explicação que só a fé e a resignação na busca da paz interior, que só Mestre  Jesus nos dá a referência, não da lei humana, mas da simplicidade, das coisas simples que não mascaram, nem iludem, nem reclamam existir, mais tudo que a bondade do Senhor nos ajuda sabiamente simples a encontrar.

Irmã Michaelis  23/07/2013