Desde a Idade da Pedra até a atualidade, consciente ou inconscientemente, o ser humano está à procura de sua felicidade.
Desde épocas remotas, milhões de indivíduos se utilizam de todos os meios lícitos ou ilícitos para alcançarem seus sonhos.
Com o incessante esforço para as conquistas almejadas, de certo, propiciaram o progresso material do Planeta, contudo, nem sempre utilizando o bom-senso e a lisura, alcançaram o poder temporário da Terra, insuflando em seus espíritos os vírus atormentantes do egoísmo, da vaidade, do orgulho, da ganância, tornando-se endurecidos e cegos quanto à plantação realizada, desconhecendo a futura lavoura a ser, obrigatoriamente, colhida.
Certamente, o progresso incontestável trouxe facilidades, como também, dissabores outros, aprisionando o homem em seu materialismo distante da caridade real.
Conquistou o ser humano, através de suas viagens, terras inexploradas, desconhecidas, lugares remotos, mudando a face do mundo.
Por necessidade, pântanos se tornaram planícies verdejantes; desertos inabitáveis são hoje, campos floridos ou áreas produtivas de grãos e frutos.
Viagens ao espaço sideral bem como aos abismos dos oceanos, traouxeram novas lições e a esperança de novas descobertas, atraem o homem em sua incessante procura.
Assim, o indivíduo, pelo estudo, dedicação, pesquisas e necessidade, logrou êxito em vasculhar distâncias inimagináveis e, mais uma vez, vê-se a si próprio, o mesmo conquistador e desbravador do passado.
Porém, tanto progresso material não trouxe ao homem a felicidade sonhada nem a paz que tanto anseia.
Fome, pestes, discórdia, desilusão, vícios de toda ordem, tráfico de entorpecentes, pessoas, animais, a sexualidade explosiva e livremente oferecida, a agressividade gratuita e o desamor reinantes, ainda, assustam, atemorizam e desafiam a cada homem de boa-vontade, tonando-lhe prisioneiro em seu próprio lar.
Lar onde deveria conviver com seus familiares em clima de paz e harmonia, todavia, nessa mesma residência, seus componentes travam uma “guerra doméstica” dia após dia, destruindo famílias, desfazendo o consórcio matrimonial, dilapidando a moral, gerando o desrespeito, enfraquecendo a estrutura familiar, corrompendo o AMOR.
Se nos parece que o homem perdeu o “endereço de Deus”, isto porque, envaidecido por seus feitos e supondo-se “Rei da Criação”, se ilude, se descuida, se empobrece, se fragiliza, se insensibiliza, e, sofre.
A cada passo, com certeza, o homem se aproxima de sua libertação, e, por consequência de sua felicidade.
Desconhecendo ou não as promessas do Mestre Jesus, o homem, seja o de bem ou sendo o possuidor de menor grau de bondade, mais cedo ou mais tarde, evoluirá, abandonando sua animalidade, dando lugar à sua angelitude, sendo esse seu “carma”.
Fadado a viver nas esferas de luz e a deixar o casulo que o aprisiona, teima, ainda, em viver se iludindo, se compensando e se contentando nos prazeres imediatos e de curta duração, caindo nos abismos dos sentidos, afastando-se, gradativamente, dos horizontes celestes, onde a plenitude do Amor lhe trará a felicidade plena e eterna.
Se num ato de coragem, o homem percorresse a distância de 48 centímetros, que vai de seu cérebro até seu coração, empreendendo uma viagem de autoconhecimento, desbravando sua alma, clareando seu coração, iluminando seu espírito, conhecendo-se a si mesmo, com certeza, lograria a saída das trevas de sua ignorância, passando a viver na claridade de se reconhecer fraco e/ou forte, lutando para errar menos e assim agindo, conseguirá a harmonia e a paz almejadas.
O Senhor nos ensinou: ”Bate e a porta se abrirá”. “Busca e encontrarás.” “Pede e ser-te-á dado.”
Se hoje, ainda, não te resolvestes a bater, buscar e pedir, com humildade e submissão, como então almejas a felicidade, se não queres, na verdade, ser feliz plenamente, por aguardar um milagre celeste.
Saiba que milagres não existem, porquanto milagre é resultado do trabalho contínuo, do esforço, da dedicação, recebendo-o pelo merecimento.
Um renomado cientista disse, certa feita: “Há duas formas de entender a vida: uma é crer que não existe milagres e a outra é acreditar que tudo é um milagre”.
Até Sempre. Fernando Cesar. 22.03.2013