Reunião IASFA 30.01.2013

Razão para Viver

Vários caminhos, várias estradas, várias passagens. Todos com uma característica, uma peculiaridade, uma diferença, ou uma sutil semelhança. Asfalto enrijecido, granito impermeável, lama, areia…

Caminhos ou não, campos verdejantes no horizonte. Gotas d´água, mares. Água… Uma semente jogada de maneira displicente ou não, poderá se transformar no arbusto que enfeita, na planta que se admira a flor exótica, na arvore útil e produtiva ou simplesmente na singela e pequenina flor, bela na sua simplicidade e que passa despercebida ao transeunte apressado e não preparado para ver, ouvir sentir o som que se propaga em todas as direções que alivia, enternece, enleva ou aborrece. Do canto do pequenino pássaro, da cigarra insistente, o barulho contundente das ruas, obras; valores humanos. A nota musical que se transformará ou não na doce melodia. Obras de arte? A pequena pedra com seus diferentes usos poderá se transformar na enorme construção. O líquido que sai da árvore nos diferentes e úteis usos da borracha. O sal usado até com valor beneficiário. Os grãos em toda sua diversidade alimentícia até o pequenino, de mostarda, exemplificado na palavra sábia do Mestre Jesus. Do pequeno brinquedo “achado” na natureza que faz a alegria da criança que indiferente ao valor só quer brincar, manusear sentindo a alegria ainda inata da pureza e da curiosidade, as grandes e modernas invenções tecnológicas. Razão para viver. A mãe Natureza nos mostra em seu apogeu do minúsculo girino ao grande e curioso animal. Se descortina diante de nós belezas  inusitadas que nenhum pintor seria capaz de reproduzir.

E nós? Qual a nossa razão de viver? Temos que realizar/procurar? Ou simplesmente nos sentirmos parte integrante desta maravilhosa “teia”? Corremos, brigamos, reclamamos, matamos, encarceramos. Por quê? Cada um de nós tem seu talento, seu dom, sua carga hereditária, seu DNA. Milhões de células fazem seu papel para o melhor desta maravilhosa invenção que é o corpo humano. Cuidamos dele? Cultuamos o bom pensamento, o sentimento do bem, a alegria interior que advém da paz, do dever cumprido, da prática da caridade, do ser e não no ter?

Pai, perdoa-nos mais uma vez e nos permita a mudança para melhor. Ajude-nos pois, infelizmente ainda somos incompreensíveis e por incrível que pareça, ainda precisamos
de “uma razão para viver”.

Laurence Jordan.

Reunião IASFA 30.01.2013

Numa bela noite estrelada que decorava a lua no céu, passava o incauto homem desapercebido, de toda súplica verdadeira, escamoteada, de toda vida que lhe escapava ao léu.

Deslizavam do cérebro maus pensamentos que na infância espiritual lhe alcançava a boca em fel.

Cruza o caminho nobre rapaz de vestimenta muito simples que lhe lançou singelo olhar. Nenhuma palavra soltou, pontuava-lhe o júbilo de vida e o Evangelho no olhar, santificado gesto, nunca poderia imaginar, que mudasse a vida de alguém.

Foi como num ângulo do bem, daquele bem, que não sabe o mérito reclamar.

O soberbo e nobre varão passou a ponderar: Por que recebo sorriso? Que com tanto potencial bélico que possuo, em meu peito de ódio a disparar, desarmando-me em um simples olhar! Quem tem o amor, pode num gesto proceder? E salva o insolúvel a resolver? Resolveu pensar antes de cultivar o murmúrio. Resolveu pensar que todos eram irmãos e não precisava vilão a agradar para que se decorra o maior bem, que de graça recebeu. Resolveu pensar, que simples gesto de amor no mérito de pranto de tanto ódio meu.

E distanciava o moço regresso da vida, amigo dos amigos do além, ludibriava a visão terrena, indo na bruma maior da noite, conduzida pelo vento e carregando em suas asas o trabalho de quem um dia também foi infeliz e avançou contra si mesmo no aprendizado santo de perdoar, e o moço referido em seu sublime relembrar, pois se no vento a evaporar, já tinha sido homem de bem.

Pensava o homem duro, sob a auréola do que seria, do que lhe havia tocado? A brisa do amanhecer nada sabia. Que era  a última gota a orvalhar no copo cheio a derradeira a transbordar, que era na pedra dura que fura, também existe a última gota a furar.

Caminhava e nunca mais foi o mesmo, na lembrança daquele ato todo dia se modificou, destilando o amor e aprendendo no néctar da caridade, encontrando aquele olhar a cada coração atendido.

E para encurtar o regresso,  por que na dúvida, não seguimos juntos? Por que não entendemos os protestos do amor?

Agora o moço: aquele que já tinha sido homem, que era amigo do além, que tinha sumido a bruma, o que tinha ajudado sem ver quem, que tinha amado sem conhecer, que tinha dado o melhor que não lhe faltava… era um Anjo!  Estes que lhe acompanham nas ruas sem deixar revelar, que moram na tua fé sem reclamar visão dos olhos, cruzando tuas encruzilhadas da vida, todos os dias quando trilhas as estradas do amor e do entendimento do coração que se abre santo ao progresso!

 

Espírito Amigo – Teodoro  23/01/2013

 

Reunião IASFA 23.01.2013

ENCONTROS E DESENCONTROS

 

Todos nós, no decorrer da vida, em toas as situações, temos experiência que nos fazem crescer, prosperar, refletir e principalmente aprender. Aprender com a vida é sem dúvida um grande passo adiante em nosso viver e conviver.

Felizes os que podem transformar os desencontros, os desencantos, as incertezas, as derrotas. A medida em que estabelecemos contatos estamos promovendo encontros e desencontros. Parece que o processo de transição planetária intercede e nos influencia.

Quando nos deixamos levar pela mídia, quando agimos no impulso, exteriorizando a raiva, a angústia, o cansaço, o mau humor, a incompreensão, o medo, a culpa parecem nos dominar. Mas, independente de qualquer situação temos a fé, sabemos que temos que incorporá-la em nossos pensamentos e ações. Cabe a nós não só a iniciativa para o melhor como a frequência do pensamento positivo.

Sabemos que nossa semeadura será nossa colheita. A certeza de que nunca estaremos desamparados nem sós nos promove o equilíbrio.  Temos que enviar à psicosfera energias boas. Fluidos positivos de paz, alegria, fraternidade, paciência e principalmente evitarmos o julgamento e a crítica. Sabemos que a caridade é nossa grande parceira para a conquista da harmonia interior. Não a caridade cobrada ou enaltecida, mas a que permite a troca de boas energias, a eu promove, edifica, constrói, acalma, consola, encoraja, estimula.

Pai, permita-nos muitos encontros, enxugando lágrimas, conectando-nos com necessidades dos irmãos fazendo a nossa parte. Quando acontece a sintonia, quando o nosso olhar é ampliado pelo sentimento. Quando juntos, possamos realmente realizar a verdadeira fraternidade, para formarmos a grande rede da solidariedade promovendo novos e muitos mais encontros.

 

Lawrence Jordan       jan/2013