Reunião IASFA 19.12.2012

LUZES DA CIDADE

 

Caminho ao anoitecer pela cidade. Ritmo alucinante de pessoas, trânsito, brilhos e luzes, barulho. Lojas bonitas parecendo que disputam qual a mais  enfeitada e iluminada.

Pessoas com sacolas que parecem ocupar  maior lugar do que deveriam. Um ar de cansaço e impaciência  nos motoristas, pedestres, transeuntes. Árvores de Natal, enfeites, novamente os brilhos que resplandecem.

Pessoas me esbarram às vezes distraídas ou sou eu que consigo estar distraído?

Outros em celulares como se fossem a única opção. Sinto a urgência em seus rostos. Parece que fogem da solidão interior na tentativa da comunicação. Técnicas maravilhosas. O mundo conectado.  Inteligências dedicadas 100% (cem por cento) à internet.

Globalização! Aparelhos cada vez mais sofisticados dominam o mundo dos negócios e realizações. O poder em evidência. Tudo pode ser realizado e decidido em pequenos aparelhos. Competição pela marca, qualidade e supremacia nos resultados.

De repente, numa loja, um boneco de neve de luvas, chapéu e cachecol ao lado do gordo Papai Noel “sorri” para mim. Sua expressão me fez lembrar do menino que fui, caminhando pela rua onde morava, há muitos anos atrás.No meu pedido, no bilhetinho  à Papai Noel, estava toda a emoção de poder ganhar a 1ª bicicleta. Sabia que seria quase impossível pela situação econômica de meus pais. Mais ela veio; de 2ª ou 3ª mão, mas foi a maior alegria que tive nos meus 7 anos de vida.

Mas, o que mais me recordo era a emoção estampada no rosto deles na noite de Natal. Paro para  pensar: Tudo fora de moda: a gentileza, os sorrisos, a soma de esforços para todos terem a união com o necessário, sem fortuna mas com os abraços e os desejos de boas e sinceras realizações. Não me lembro dessa disputa, desta correria desenfreada, desta concorrência, desta tecnologia. Mas lembro da espontaneidade, da afeição das conversas entremeadas com risos e considerações otimistas. Corações plenos de solidariedade pois todos se ajudariam. Afinal de contas era Natal e até rezávamos juntos, agradecendo sempre. Onde foi parar o meu lindo Natal? Quem sabe, estou exagerando e hoje, na era da tecnologia, ainda poderei confiar em amigos, abraçá-los e desejar um Feliz Natal? Pelo menos, os símbolos são os mesmos, apenas “enriquecidos”.

Senhor Jesus: faça com que a espontaneidade da criança, a brisa, o recuo das marés, a força da cachoeira, os cantos dos pássaros, o brilho das estrelas, a utilidade da chuva, a energia do sol, ainda possam agir na emoção das pessoas. Que elas ainda tenham olhos para ver, ouvidos para ouvir, e coração para sentir.

Este é hoje, o meu pedido de Natal. Será que terei a felicidade ainda de ver o sorriso espontâneo ou uma verdadeira lágrima de emoção? Quem sabe? Afinal de contas, é Natal!   

                       

Um espírito amigo (Lawrence Jordan)         17 12 2012

Reunião IASFA 19.12.2012

 SONHOS DE UMA NOITE DE NATAL

 

 Uma carruagem dourada puxada por um branco cavalo alado, foi vista, numa noite de Natal, passando pelas ruas, casas, jardins, pela vida cá neste mundo.

Pessoas contagiadas pelo calor das luzes, pelo colorido dos trajes novos, apressadas em se unirem e reunirem para, com farta mesa de comidas e bebidas, festejarem o tão esperado encontro, não se aperceberam do passar da carruagem, que lentamente, deixava ecoar o trotar de seu cavalo…

A carruagem por todos passava, mas por tantos não fora vista…

Outros, porém, que alegres nesse dia estavam, por terem consigo seus entes queridos, seus amigos, mas principalmente, por ser o dia do nascimento de JESUS, em meio às suas alegrias, puderam eles ver a dourada carruagem e nela depositarem suas esperanças, anseios, necessidades…

A carruagem, depois de percorrer todos os seus caminhos, por seu branco cavalo alado foi levada aos céus desaparecendo por entre as nuvens…

 Assim que, nesta data, independente dos trajes que vistas, independente da ceia que em tua mesa seja oferecida, deixa que o verdadeiro dono desta data seja a figura principal em teu ser, em teu lar, em ti e em todos que contigo estiverem.

Que a primeira celebração deste dia, antes da festa começar, antes mesmo do sino tocar, seja a do nascimento do MESTRE, o nascimento do MENINO-DEUS, que um dia, exatamente nesse dia, veio até nós, por nós nascer, por nós viver, por nós, em sacrifício, morrer.

Dêem-se as mãos para que unidas, ouvidos também sejam os corações, os pensamentos e o amor.

Sente então a paz habitar dentro de ti, de teu lar, no olhar dos que te cercam!

Verás então, a carruagem dourada à tua frente parar. Nela, depositarás teus sonhos com todos que contigo estiverem.

Verás essa carruagem dourada como o manto de JESUS, por entre as nuvens sumir, e sentirás que ao Pai será entregue tudo que nela estiver para, então, por Ele, serem abençoados todos os sonhos de uma NOITE DE NATAL…   

Que Deus os abençoe!

 

 Médium: Maria Helena Mourão        PAULO DE TARSO  18.12.99 

Reunião IASFA 19.12.2012

QUE HOMEM FOI UM  CERTO JESUS…

Que homem foi esse que num humilde reinado nasceu, já sabendo de sua missão, de seu fim…

Assim, fazendo-se carne, veio entre nós habitar…

Que homem foi esse que, andarilho entre os povos, com Ele levou seguidores. Contra Ele, tantos e tantos…

Que homem foi esse que sarou as chagas dos leprosos, curou  doentes, ressuscitou os mortos, multiplicou o pão e o vinho e, amou…

Que homem foi esse que no Monte das Oliveiras sobre uma pedra quedou-se e, ali, fraquejou! Perguntou ao Pai o por quê? Acovardou-se fragilizado  com o que haveria de chegar… Mas, ato contínuo,  reequilibrou-se, a Deus, Seu Pai, entregando-se e a Ele orando o mais perfeito poema-oração: “Pai nosso que estais no céu, santificado é o Teu nome, venha a nós o Teu reino e que a Tua vontade se faça tanto na Terra como no Céu. O pão de cada dia, dai-nos hoje, perdoai nossas dívidas tanto quanto aos nossos devedores, não nos deixeis cair em tentação e livrai-nos de todos os males, pois Teu é o reino e a glória para todo o sempre. ..”

     Que homem foi esse que em sua “Via Crucis”, espinhos rasgando-lhe a fronte e ombros dilacerados pelo peso de seu leito de morte, caminhou para o calvário, em silêncio, trôpego, sem nada dizer, suportando as pedras, os escarros, as galhofas. Os desditos que a Ele foram lançados…

A um lado, a Virgem Maria, Sua mãe e, de outro lado, Magdalena, a prostituta…

Que homem foi esse que com cravos à cruz foi pregado, bebendo fel para aliviar sua sede, rasgado pela dor dos instantes finais, no Pai pensou pedindo-Lhe: – “Pai, perdoai-os, pois não sabem
o que fazem…”

Com a Virgem Maria a sua frente ajoelhada pela dor que cortava seu ventre, pois sabedora era de Sua caminhada, mas que em suas entranhas já o sentira um dia… e com Magdalena, com o amor e a sua eterna gratidão ao Mestre, ali deu Ele o seu suspiro final…

Que Espírito foi esse que ao terceiro dia ressurgiu dos mortos para ir-se sentar à mão
direita de Deus Pai…

Que Espírito é esse que hoje e para todo o sempre lá permanece nos amando, velando por nós, pronto para socorrer-nos a qualquer instante em que Dele precisarmos, nos afagando, nos consolando, nos acompanhando e fazendo de nós, se assim o permitirmos, seus irmãos e
filhos de Deus!

Que Espírito é esse que dispensou títulos e nobrezas para, até hoje, ser chamado, apenas, pelo nome que Sua Mãe Maria deu-lhe sobre as palhas de um estábulo: chamado pela singeleza das flores, do orvalho, da lua…, chamado por em pequeno nome que significa AMOR; chamado, tão somente, de JESUS! Que Deus os abençoe.

 

 Médium: Mª Helena Mourão                  PAULO DE TARSO                   04/04/01