Reunião IASFA 08.08.2012

A CRIAÇÃO DO ARCO ÍRIS

 

A quaresmeira ao ver os primeiros raios de Sol, de alegria, deixou de seu coração correr lágrimas que foram derramadas em um riacho que cantava feliz no Jardim do Senhor.

O cravo branco quando olhou para o firmamento, vendo o fulgurante Rei Solar, não sustentando tanto esplendor, permitiu que de seu peito  todo encantamento se exprimisse em lágrimas de felicidade fluíssem para um pequeno riacho que alegre corria perto do Jardim do Senhor.

Um pessegueiro recoberto de flores da vida, fitando o céu, vislumbrou o Rei Dourado, e, não se contendo de emoção, chorou e suas lágrimas de enlevo, foram se juntar às águas cristalinas que corriam num discreto riacho que gorjeava não muito distante do Jardim do Senhor.

Uma bela e perfumada  rosa vermelha avistando o Astro de Ouro brilhando soberano no azul celeste, não suportando toda aquela manifestação de angelitude, não soube represar as lágrimas de contentamento, diante de tanta grandiosidade, que elas foram ser parte de um humilde riacho que ficava à beira do Jardim do Senhor.

Um miosótis que bailava ao sabor da brisa que acalentava a atmosfera, de repente avistou o colar dourado do Senhor da Vida, que imperava no firmamento, querendo saudá-lo por sua majestade, chorou em profunda e silenciosa oração de agradecimento pela luz, pelo calor, pela vida, enfim, e suas humildes lágrimas de emoção foram se ligar a um vibrante riacho que corria

no Jardim do Senhor.

Um girassol, solenemente fazendo um gesto de reconhecimento e humildade, ajoelhando-se diante do Rei Sol, deixou-se quedar em lágrimas de amor que correram céleres para se igualarem às águas abençoadas de um saltitante riacho que alimentava o Jardim do Senhor.

Toda vegetação que emoldurava o Jardim do Senhor, entoando hinos de louvor ao Astro Divino, emocionada e em festejos de harmonia, choraram e suas lágrimas de alegria e agradecimento foram rapidamente se juntar a um resplandecente riacho que circundava o Jardim do Senhor.

Diante daquele quadro Divino, pincelado pelas mãos do Criador, aquelas humildes, obedientes e confiantes criaturas, choraram de felicidade pela vida e pela oportunidade de  sentirem, no fundo de seus corações, a bondade da Criação.

Poucos instantes após, o Senhor do Jardim, demonstrando toda humildade, compaixão e reconhecimento, aproximou-se daquele Jardim, dirigindo-se ao  riacho, apanhou um punhado de água que mansamente corria, olhando para o Infinito Azul do Céu, agradecendo a Deus, soprou as gotas que ainda restavam na palma de suas mãos  e de repente, por amor à fantasia, criou-se o ARCO-ÍRIS.

                                

Até Sempre.  Fernando Cesar.    07.08.2012

Reunião IASFA 08.08.2012

LIÇÃO DA NATUREZA

 

Aprende com as abelhas a ser perseverante.

Aprende com os pássaros a cantar a alegria e a liberdade.

Aprende com as cigarras a louvar a vida.

Aprende com as borboletas a dançar colorindo o espaço.

Aprende com o riacho a romper obstáculos.

Aprende com o vento o cantar dos anjos.

Aprende com a chuva a ter a esperança de renovação e bom tempo.

Aprende com o arco-íris a encontrar a fonte dos sonhos.

Aprende com a noite a certeza de um novo alvorecer.

Aprende com o sol a enxergar a luz e a vida.

Aprende com as estrelas a  ter sonhos e a  repousar na poesia.

Aprende com as crianças a doçura e a  sorrir para o futuro.

Aprende com os idosos a sabedoria da experiência.

Aprende com a vida a encontrar e a plantar o amor.

Aprende com o tempo a conquistar a felicidade.

 

Até Sempre. Fernando Cesar.  31. 10.98

Reunião IASFA 08.08.2012

“Se algum dentre vós quiser ser grande, seja o servidor de todos”. Jesus de Nazaré

                                                                                                                                                           

Ainda que vos sintais desamparados,

Ainda que vos sintais sozinhos e desorientados neste mundo,

Lembrai sempre com gozo: alguém por vós está velando, amparando, ainda que a desordem dos sentidos vos impeçais de ver com clareza tal atenção.

E vós? Velais quem? Velais como um ato contínuo?

Tivestes hoje a preocupação de olhar nos olhos dos vossos irmãos, expressando um afago que insinue: eu estou aqui meu irmão, minha irmã ?

Sorristes para ele abrindo com generosidade a porta de vossas almas?

Porque então te sentes tão só e desamparado, se nem mesmo vós fostes capaz de perceber tamanha solidão e desamparo naqueles corações?

Dizeis neste mundo com certa insistência que determinadas oportunidades não se dão mais de uma vez em vossas vidas. Pontualmente vem e vão para não regressar. Mas porque pensais assim?

Será efeito de humores depressivos ou talvez porque olhais somente para as oportunidades relativas aos vossos assuntos esquecendo todo o demais?

Ou talvez porque esperais tanto da vida sem dar sequer um pouco, como dar ao vosso irmão um sorriso, a palavra leve, meditada e principalmente, a vossa compreensão, mesmo naqueles casos em que estejais com a razão.

Sabei que a oportunidade de velar alguém é fruto maduro de todos os dias, basta que queirais e estará a vossa disposição.

Não haverá um dia em que não tereis a oportunidade de serdes afáveis, amorosos e lúcidos no propósito de vossas vidas. Porque não ser oportuno então?

Lembrai, meus queridos irmãos, alguém por vós está velando.

Portanto é necessário também que tenhais cuidados com vossos irmãos, pois sem eles não há mundo possível, tampouco evolução na senda espiritual.

O que fizerdes a eles estareis fazendo a vós.

Não chegareis ao céu da paz interior germinando solidão no coração.

Pode-se até chegar perto meditando em Deus nos vossos corações, mas jamais sem que vos convertais em seres capazes de invocar continuamente seu amor ao próximo.

Comeceis hoje esta obra benfazeja, esvaziando vossos corações do ego dos vossos assuntos e povoando-o de alegria, leveza e fraternidade para com os outros.

Jesus Cristo foi o vosso grande irmão e pai, sem desprezar jamais àqueles que estavam a sua volta, com alegria, leveza e fraternidade.

A culminância de sua obra não foi determinada por sua paixão na cruz, mas sim pelo rastro de paixões divinas que deixou intensamente nos corações daqueles que com ele compartilharam no seu tempo.

Lembrai sempre que o mestre foi gentil, amável, atento, sorridente, responsável, dedicado aos irmãos, mesmo nos momentos de inúmeras tribulações na carne.

Esta foi a semente ímpar que chegou aos tempos de hoje, ainda pouco compreendida por muito de vós, ainda desprezada pelos atuais sacerdotes do templo.

Não quereis ser sacerdotes do templo, quereis?

Olhai então vossos irmãos com verdadeira atenção e interesse.

Parem-se, vejam, detenham-se neles sem desprezo ou egoísmo.

Esta é a matéria principal de vossas profanas tarefas com possibilidades de divinos resultados.

Vinde portanto a esta casa de Deus com um propósito firme: orar pelos outros, inclusive àqueles que vós nunca conhecereis. Desde então haverá sempre uma oração em algum lugar dirigida a ti.

Crede vós, não se vai a Deus sem que enxugueis com sentimento verdadeiro as lágrimas de vossos irmãos ao menos uma vez ao longo das vossas existências. Podeis fazer muitas vezes por mera obrigação, por oficio, por razões morais, mas em verdade vos digo, não terá este gesto a mesma luz a não ser quando provido de semente já plantada no coração.

Se assim o fizerdes, alguém velará sempre por vós.

E mesmo que falheis, momentaneamente, o Pai seguirá velando por ti.

Abri vossos corações com largueza de juízo e sentimento.

E ainda que isto custe entendimento, não poupeis esforços para sorrir bendizendo sempre vossos irmãos.

Somente assim conhecereis a verdadeira paz.

Peço agora a vós então que penseis por um momento em tudo que aqui foi dito e olheis então para os vossos irmãos sentados ao lado.

Dizei a eles com o coração carregado de sentimento: eu estou aqui meu irmão, minha irmã. Estamos juntos neste caminho.

E ao saírem hoje desta casa levem consigo esta ponderação para sempre: como velarei meus queridos irmãos amanhã?

Que Deus tenha piedade de todos nós.

Por amor a todos vós.

                                                          

Frei Juan de la Cruz.       Para servir.   04/08/2012