Reunião IASFA 22.07.2015

Certo homem, cansado, caminhava pela estrada havia muito tempo. Sentia-se exausto, desesperançado, tudo era sempre a mesma coisa.   Exceto uma luzinha que brilhava ao fim do caminho.    Ela despertava nele uma atração de saber o que representava.  Por isso, continuava na sua extenuada caminhada.   Cruzava com outros caminhantes que se apressavam em seguir, aparentemente sem razão.    Ora pensava em desistir, ora deixava-se levar pelas inebriantes atrações:

Cores, odores, humores, rumores, amores, tudo lhe atraía e, então, permitia-se deleitar, usufruir. Afinal, era humano. Perdia-se do brilho que insistia em reluzir a sua frente.

Porém, quanto mais andava mais distante parecia brilhar. Às vezes, quase se apagava. Outras vezes, tornava-se brilhante qual estrela numa noite sem lua. Percebia que se encantava com a possibilidade de vê-la de perto, de tocá-la. E isso, acendia nele uma força que não sabia de onde vinha, mas sabia que lhe era boa, salutar e que era através dela que se renovava, se revigorava na teimosia de seguir em frente. A luz não estaria distante, logo seria alcançada e, aí, poderia entender a razão de sua existência, por que insistia tanto em se mostrar brilhante, viva, presente apesar de intocada!

Quanto mistério! Que luz era essa que brilhava, se escondia, reaparecia, perdia o lúmen, reacendia como a dizer: eu estou aqui! Mas, sentia-se temeroso, desanimado, triste, achando que já era muito velho para continuar nessa busca, correndo atrás de algo que não sabia nem se existia. Apenas, via seu brilho, o que poderia ser perfeitamente uma ilusão produzida por um sonho inalcançável. Perguntava a um, questionava a outro e de ninguém obtinha uma resposta. Desanimado, sentou-se à beira do caminho e pôs-se a refletir, a pensar no que se resumia sua vida. Trabalhara, conquistara uma vida estruturada: tinha casa, um carro, recursos. Vivia bem com sua mulher e seus filhos. Enfim, o que mais queria? Porque querer encontrar aquela luzinha que brilhava tão insistentemente? Neste instante, quando se via absorto, entregue a seus mais íntimos pensamentos, um vento vindo do Oriente assoprou-lhe aos ouvidos: “amigo, por que procurar distante algo que está tão perto? Pare de se questionar e olhe-se interiormente, repare que a luz que vês brilhar adiante do caminho é o reflexo da luz que está dentro de ti e que é fruto do que semeias, sentes e acalentas. A intensidade de seu brilho oscila na medida em que dentro de ti se alternam bons ou maus sentimentos, não só em relação a ti, ao amor que tens por ti próprio quanto por aqueles com quem convives. Parece algo que já sabias, mas que, no entanto, poucas vezes praticas, seja porque não tens a fé necessária para acreditar, seja porque as doçuras do caminho lhes transviam os passos. Nada pode impedir que usufruas das boas fragrâncias da vida, porém não se permita inebriar de tal forma que as coisas mais importantes de sua vida se esvaiam e se percam, sem que você aproveite-as para melhor vivenciar as experiências que podem tornar sua luz interior tão fulgurante e bela que, não só você, mas todos a sua volta a notem e dela se beneficiem. Não caminhe em direção, à procura da luz, mas leve-a  consigo e faça-a brilhar por toda a estrada, qual o vagalume que, em noite escura sobre o pântano, ilumina sua própria presença, seu próprio voo, livrando-se das armadilhas que, porventura, surjam no caminho.”  A paz do Senhor vos acompanhe!                           

 

Pe. Philip D’Almada    11/07/2015.

Reunião IASFA 22.07.2015

O Embrulho

Beto ia saindo para o trabalho como fazia todas as manhãs quando, ao abrir a porta do pequeno apto onde morava há alguns meses, verificou um embrulho em frente a porta. Que seria? Não comprara nada pois estava em regime de economia. Desde que chegara do sul, lutava bravamente para ter um dia seu próprio haras e criar cavalos de raça, sua grande paixão. No início, tudo era diferente e estranho para ele,  pois estava acostumado a um clima bem frio e outra cultura. Trabalhava com interesse e perseverança, pois tinha em mente que daqui a alguns meses tudo seria diferente. Lembrava com saudades dos campos verdes e  de seus animais. Aqui na cidade tudo era diferente. As pessoas pareciam ter uma pressa e uma agitação que ele não conseguia nem entender, quanto mais, imitar. Que desperdício! Não observavam a natureza, as lindas paisagens que mudavam em cada amanhecer e anoitecer. Realmente, nunca poderia compreender aquele tipo de vida. Mas, que seria aquilo?Ao tentar apanhar o embrulho, a porta do vizinho abriu e uma senhora de certa idade, gentilmente o cumprimentou. Bom dia! Eu o vejo quase sempre, pois meu neto sai e chega mais ou menos a mesma hora. Está gostando daqui?  Como se chama? Meu nome é Roberto Sra, e  estou ainda tentando me acostumar com a cidade. Estava saindo quando me deparei com esta embalagem. Não é minha, pois não encomendei nada. Meu filho, me perdoe, mas, não mexa neste embrulho! Sabe, pode ser muito perigoso!  Eu sempre aviso a meu neto que tenha o máximo cuidado, pois o mundo de hoje está um perigo. As pessoas não devem se distrair, pois podem se machucar. Tem muita maldade por aí. E se for uma bomba? E se for ácido? Roberto, delicadamente se despediu e pegou o elevador. Como era bom respirar o ar e sentir na pele o sol da manhã! Por que as pessoas se contaminam de graça? Será que não conseguem perceber a influência maléfica dos pensamentos, sentimentos, ações que podem causar malefícios físicos e até emocionais? Ao chegar á noite, não encontrou mais o tal embrulho, e sim um bilhete de desculpas. O presente surpresa era para o apartamento de frente. 

 

(Lawrence Jourdan)

Reunião IASFA 22.07.2015

A verdadeira bênção de luz atravessa a morte curando a alma.
Vigia a porta larga do pensamento; vigia a palavra que é seta que guia a ação, onde nos tornaremos alvos vivos; combate a escravidão do egoísmo e do orgulho, porque deves, quanto antes, ser partidário da fraternidade.

Sê decidido na tua jornada de luz, quanto antes fores recuperado em Cristo, serás senhor da tua seara, pois esta não será mais tua, pois quão limpo e de leveza vale o coração em grandeza.

Salve que tudo de bom vem de Deus. Não temas a vontade soberana, pois já vives sobre tua determinação natural,  querendo ou não.

Mostra-te de acordo com tuas escolhas, onde sofrerás pelo valor que plantaste.

Planta o que vês crescer, portanto nunca te amoles com tua colheita, pois ela te representará.

Sê hoje liberto, lavrador de estrelas, cultivando teu céu em Cristo.

Deixa que sejas titular de tuas obras, onde capitanearás recursos profícuos e não temerás o reverso, pois serás sempre o melhor que podes em ti, um Espírito Livre para  trabalhar em Cristo Jesus.

 

Fé, Retidão e Esperança

Thiago   21.07.2015