RECIPROCIDADE
Jeferson contratava pessoas para serviços em sua fábrica mediante a aparência, nível cultural bom, espontaneidade e gosto pelo trabalho. No entanto, algo chamou sua atenção para aquele homem de olhar vago, quase triste.
Jonas, na entrevista, não conseguiu esconder sua aflição, pois, recentemente ficara viúvo com filhos para criar.
O patrão levado pela compaixão contratou-o para serviços gerais, pois não possuía a devida precisão ou referência para o necessário. Nunca agira assim e se sentia até meio estranho. O que vira ou poderia esperar daquele homem?
Logo Jonas mostrou sua humildade e garra para concretizar o que lhe pediam. Não era de muita conversa e obedecia a todos em qualquer ocasião. Logo se fez útil e todos o respeitavam, pois nunca apontava erros, criticava ou culpava alguém, muito pelo contrário.
Um dia apareceu para trabalhar cabisbaixo e triste. Sua filha caçula Juliana estava bastante enferma e não sabia como cuidar dela devido ao seu horário de trabalho. Logo isto chegou aos ouvidos do patrão que novamente tentou ajudá-lo.
Falou com a esposa que sempre requisitava Jonas para outros serviços pela sua humildade e confiança, e, esta, cuidou de Juliana que após se restabelecer fora chamada para pequenos serviços com a patroa.
Tempo passou e quando os filhos dos patrões se ausentavam para estudarem no exterior, foram Jonas e Juliana os que cuidaram dos patrões. Reciprocidade.
Laurence Jourdan