Supérfluo e Necessário
O supérfluo é o “descartável” e o necessário seria o “útil”? Ou depende do olhar? Ou realmente vai só “depender”?
A “energia”estará sempre ligada ao pensamento, sentimentos, ações, emoções. Disto advém o conceito referente. O outro, por conseguinte, nunca será o supérfluo e sim, sempre o necessário, pela constante interação. Se eu me proponho a coragem de “me” vencer, com referência a meus maus hábitos, meus preconceitos, minhas críticas, etc… nada será tão necessário para o meu crescimento, minha verdadeira e difícil força de vontade…
O supérfluo, então, consistiria no apego aos bens materiais, na palavra sem conteúdo, no bem que deixo de fazer ou influenciar, no olhar pronto para incriminar, sem objetivo útil, sem compaixão ou perdão.
Necessário mesmo seria minha atenção aos valores intrínsecos, aqueles tão esquecidos, tão mal aproveitados. Não a visão complacente das oportunidades a serem desfrutadas no decorrer da vida ou dos acontecimentos, mas, o imediato, pois, a vida é sem dúvida, o agora, o hoje, eu, comigo mesmo, em primeiro lugar. Aliás, que ando eu fazendo a meu favor, se o supérfluo domina quase integralmente o que faço, o que penso, o que realizo?
Há quanto tempo não paro, não medito, não me enterneço, não me deixo emocionar com causas justas e caridosas?
Que foi feito do meu “necessário”, tão substituído, tão mal empregado, tão esquecido?
Não posso nem devo me importar ou me deixar influenciar pelos apelos da sociedade machista, consumista, ilusória, que tudo promete e a nada conduz sem o esforço próprio de cada um. Com esta certeza então, tentarei a modificação e com o esforço do conhecimento, a superação de todas as dificuldades. Entendo que assim, sem dúvida, surgirá a mensagem não de advertência, mas, de paz. A paz interior! Aí, sim, terei alcançado verdadeiramente o necessário.
(Lawrence Jourdan)