A FRAGILIDADE DAS ARMADURAS
Brilhantes, impenetráveis, às vezes sofisticadas, muitas vezes reproduzem a incomunicabilidade, a ausência de diálogo, de visão, de toque.
O pior é que não estão preparadas para o confronto com a solidão da possível clausura. Será que nem por um instante, não sentem a necessidade da “mão na mão”, do sorriso aberto, de dois braços “correndo para o abraço”, da brisa suave no rosto, dos pés descalços na grama, da companhia do amigo de “fé”, do aconchegante agasalho macio, do sorriso maroto da criança após a travessura, do estar bem” consigo mesmo, do copo d água refrescante, da alegria do gol, não necessariamente aplicado ao futebol? Da confiança que conforta, da lágrima benfa zeja que conforta e alivia, e que provavelmente vem da alma? Da chama do fogo que aquece, do brilho singular da lua, dos barulhos que não estressam? Da visão do pássaro que canta e se embalança na roseira? Do exame negativo da doença que tanto te amedrontava? Do doce gostoso comido sem culpa? De olhos, que olham docemente, da beleza de paisagens corriqueiras ou diferentes?
Pobre armadura! Você jamais poderá imaginar a plenitude da gratidão pelo reconhecimento do inesperado gesto de carinho, do sentimento de união que conduz a forca do estar protegido!
Quebre esta armadura que poderá ser de comida, bebida droga, vaidade, dinheiro, posses, poder, dinheiro, cultura, títulos, gabinetes, bens materiais, poupanças, etc, etc, etc…
Quebre sua armadura e comece a olhar e “ver” o mundo. Enfrente-o sem medo,e seu medo se extinguirá.
É fácil! Corte sua armadura e ajude a cortar dos outros. Valerá até o seu exemplo. Todos poderão se unir sem saudade nenhuma do que já foi, já passou, já acabou.
Lawrence Jordan