A cada passo dado, um trecho do caminho é percorrido e, neste trecho, divisamos experiências que nos surpreendem, nos deixam tristes, alegres, confiantes, temerosos, inseguros, felizes, culpados, enfim, uma soma variada de vida, aproveitada ou desperdiçada.

Aprendemos, com o passar do tempo, e à medida que experimentamos a plenitude da vida em seus altos e baixos, a selecionar, tanto quanto possível, o que deve ou não habitar verdadeiramente nosso ser, seja por um instante, seja de modo constante.

Às vezes, achamos que somos invadidos por sentimentos que não controlamos e contra os quais não temos força para superar.

Entretanto, sabemos que cabe somente a nós a função de permitir ou não que tais sentimentos ou pensamentos criem raízes em nós, fazendo com que nossas ações sejam prejudiciais não só a nós próprios como também àqueles com quem convivemos. 

Assim, confia em ti e não te deixes contaminar pelo negativismo, pela palavra mal empregada, pelo tempo perdido, pelo pensamento daninho, pela mágoa que sorve tuas energias, pela ira incontida, pela exasperação fortuita, pela dor que não cura, mas adoece o espírito.

Em lugar disso, procura cultivar a alegria que podes facilmente encontrar em teu redor, na natureza, na criança que sorri. Lembra-te de ter em tua mente pensamentos de louvor e de esperança, mesmo que diante de ti chorem espíritos acuados pelo orgulho. Espalha teu sorriso por onde quer que vás. Ora ao menor sinal de dúvida para que esta se dissipe pelo esclarecimento. Apregoa a fé por onde fores, ainda que tantos riam e zombem dela. Não lamentes, mas incentiva aquele que encontrares em padecimento pelo caminho por que passas.

Nosso Pai jamais permite que seus filhos caiam e não se levantem. Pode demorar, mas, num dado momento do trecho que caminhem, encontrarão a ajuda que necessitem.

Um Espírito Amigo.   Carlos Alberto – 07/11/2012.

Certamente, todos os dias, para teu aprendizado espiritual, enfrentas os mais variados problemas, desafiando-te a tomar a melhor decisão.

Se esmoreces a fé, quando te vês diante da incerteza daqueles que duvidam de teu entusiasmo e bom-ânimo;

Esquecendo-te de teu compromisso com a fraternidade, por vezes, te permites demonstrar na face sinais de visível enfraquecimento;

Não te permitas contaminar com as investidas dos companheiros, ainda, ligados ao derrotismo, porque estarás fortalecendo as fileiras dos pessimistas e fracos de espírito.

Se valorizares as opiniões alheias, se atentares para as atitudes dos semelhantes e se cultivares pensamentos distanciados da paz, com certeza ficarás estacionado não avançando em busca de teu aprimoramento.

Caso deres maior valor aqueles que,  impensadamente, procuram minar tua harmonia espiritual, despejando em teu coração os detritos da amargura, do ressentimento, da mágoa e do rancor, fazendo brotar em teus olhos lágrimas de tristeza.

Se aqueles a quem mais dedicas teus sentimentos mais nobres, limpos, sinceros, amorosos, ainda, não compreendem teus gestos de amor, e atormentam, entristecem e enfraquecem teus projetos de amizade e companheirismo, fazendo-te desanimado, apreensivo e entristecido.

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Se, internamente, o fogo das tentações te consome o equilíbrio;

Se, no teu coração, os espinhos da agressividade te sangram as expectativas de harmonia;

Se, no teu pensamento, pedras pontiagudas te ferem a esperança de dias melhores, quando experimentas dificuldades e companheiros de índole duvidosa, disfarçados de amigos leais;

Se, em teus sonhos mais sublimes, de repente, surgem os fantasmas do egoísmo, a te afastarem da fraternidade, seres disformes da maldade a te perseguirem pelo em que almejas e praticas, desviando-te do caminho da paz;

Se, em tuas lembranças felizes, por vezes, amigos de outrora se tornam perseguidores implacáveis, esquecidos da camaradagem e dos momentos em que a lealdade servia-te de cadeira de balanço, onde podias descansar, quando a ingratidão é-te o prato servido;

Enfim, quando em teus anseios de paz e tranquilidade, conquista e harmonia, felicidade e amor, são abordados pelos salteadores das sombras, trajados com vestes do orgulho, da vaidade e do desamor, fazendo-te chorar lágrimas sentidas nascidas da decepção…

Não receies, nem desanimes, porque ninguém atira pedras em árvores sem bons frutos, bem como, nenhum de nós está isento da incompreensão alheia, inclusive, não viemos ao Planeta a passeio.

Lembra que JESUS, também, sofreu na carne a falta de amor do homem, e, nem por isso, deixou de ajudar, compreender, suportar, perdoar e amar…

Dá teu testemunho, sempre, porque sobreviverá aquele que mais amar.   

Até Sempre. Fernando Cesar. 12.11.2012