Há muitos séculos, um certo HOMEM, anunciado por uma brilhante estrela, nasceu em humilde manjedoura, visitado por pastores e animais.
Com seu pai, na carpintaria, deu os primeiros passos e muita das vezes, era visto sozinho, caminhando pelos campos, apreciando a Natureza.
Certa feita, desprendendo-se de sua mãe, foi encontrado no Templo, falando com segurança, diante dos doutores da Lei, sobre as coisas do Céu.
Mais tarde, já adulto, podendo viver entre os poderosos e frequentar as rodas da grande sociedade, escolheu estar rodeado de crianças e mulheres sofredoras.
Por onde andasse, encontrava- se acompanhado por doze homens, simples pescadores, que dele recebiam orientações e palavras de bom ânimo.
Seu nome se espalhou rapidamente de boca em boca, e, aqueles sedentos de paz e de esperança, procuravam-no para aconchegarem seus corações e espíritos atormentados e famintos de fé e de esperança.
Os pobres, os perseguidos, os injustiçados, os doentes de todos os males, recebiam de Seu manso e amoroso coração, o remédio para a cura de todos os males da alma.
Desde seu nascimento contrariou os poderosos, abalando as estruturas impostas pelos governantes, e, a partir de seus exemplos, de suas curas, e, principalmente, de seus ensinamentos, perseguição impiedosa a Ele era realizada.
Falava de um Reino que era desse mundo; dizia Ele que o homem, para ser feliz, deveria esquecer as ofensas; a amar ao próximo como a si mesmo e a perdoar àqueles que ofendessem…
Jamais impôs qualquer ordem a ninguém, sempre fez um convite, alertando aos indivíduos a respeito do Pai todo Misericordioso.
Quando transformou a água em vinho; multiplicou pães e peixes; curou cegos, mancos, leprosos, resuscitou Lázaro; caminhou sobre as águas, enfim, amou aos semelhantes, foi tido como desordeiro, malfeitor, arruaceiro, perturbador da ordem, feiticeiro, enganador…
Incompreendido e desamado, após a última ceia entre os amigos do coração, com um beijo foi traído e aprisionado, jogado ao calabouço imundo, suportando, fome, frio e abandono.
Depois de longas horas de sofrimento é levado diante dos maiorais; ouviu, diante de uma população enceguecida pela maldade, pela ignorância e pela covardia e medo de Pilatos – “Lavo minha mãos” e o povo a quem tanto ajudara, troca-o pela libertação de um malfeitor – Barrabás.
Sentenciado à crucificação, como sendo um perigoso salteador, recebeu de presente, uma coroa de espinhos e a cruz, seu leito de morte.
Caminhando com dificuldade e carregando nos ombros pelas ruelas de Jerusalém e entre aqueles a quem tanto amara e entre insultos, zombarias dos que assistiam seu martírio, viu-se sozinho.
Sentindo dores intensas e sofrendo pelo abandono de seus amigos, seguiu sua “via crucis” até o alto do Campo de Marte.
Seus pés e mãos foram transpassados pelos cravos do ódio, e, finalmente a cruz foi plantada no solo da ignorância, apresentando de braços abertos O SANTO HOMEM, em seus momentos finais.
Sua mãe Maria e alguns de seus seguidores assistiram seus derradeiros momentos, e, no auge de seu sofrimento, ouviram suas derradeiras palavras: “ Pai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem”.
Se há 21 séculos JESUS experimentou todo tipo de dor, de sofrimento e não tinha qualquer culpa…
Nós que, ainda, somos espíritos impuros, repletos de erros, não devemos sofrer?
Assim, que cada qual coloque sua cruz nos ombros, carregando-a com fé, esperança e dignidade, a exemplo do CRISTO, que foi, é e sempre será a Luz do Mundo.
O maior desafio do ser humano é seguir JESUS. Cristo ou o desespero.
Até Sempre. Fernando Cesar. 20.03.2015