Mensagem do Amigo

As Mensagens dos Amigos se apresentam como um modo de reformulação interior e de busca à Felicidade do outro, sempre norteando pelo Amor ao Próximo. E procurando elevar Moral, Intelectualmente e Espiritualmente a Criatura.

 

Estas Mensagens são dedicadas a todos que vieram e vem nesta página em busca de prosseguimento e melhora de sua condição Espiritual, a todos que passaram por nossa casa, que sempre confiaram em nosso trabalho e principalmente aos nossos Mentores Espirituais que nos possibilitam através deles, continuar praticando a caridade, propagando a fé, confortando os que procuram viver em Paz e sentir a presença de Cristo na estrada que escolhe!


Reunião IASFA 05.11.2014

NUMA ESTRADA DE BAGDÁ

 

Já era quase ao entardecer, Bagdá preparava-se para mais uma noite de orgias e deslumbramento, onde os residentes e viajantes, se acotovelavam entre afugentar as fraquezas e esquecer as mágoas do dia-a-dia, através dos excessos de todas as maneiras. Quanta ilusão!

ESPERANÇA era uma bela jovem, de cabelos negros e sedosos, esguia, meiga como uma flor em botão, andarilha, à procura de alento e de paz.  Não tinha família. Vivia só e sem paradeiro.

A jovem, como se estivesse hipnotizada, caminhava por uma estrada poeirenta, sob o sol causticante, com olhos cansados e, triste de tanto chorar pelos desenganos que sempre presenciara e adquirira através de suas tristes experiências de vida. 

Exausta, faminta, maltrapilha, extremamente só, viu, à beira da estrada, uma sombra acolhedora. Decidiu sentar-se para um breve descanso antes de continuar sua peregrinação, quando de repente, à sua frente, encontrou-se com um belo jovem em seu alazão, esguio, sorridente, belamente trajado, que dirigindo-lhe a palavra, perguntou:

– Onde vais bela menina?

Ela sem se aperceber do que acontecia, quis proferir algo em resposta, porém nem ela própria discernia ou sabia para que destino deveria seguir, entretanto, em breves linhas, disse-lhe que ainda não poderia dizer, mas tinha que chegar a algum lugar.

Ele aproveitando-se da ocasião, convidou-a com polidez para acompanhá-lo, puxando-a pelas mãos, dizendo-lhe que a levaria a sua residência e lá ela estaria segura e se sentiria muito feliz.

Ela não hesitou e o acompanhou. Lá chegando, foram recebidos calorosamente por dois cães negros que se enroscavam entre as patas do puro-sangue, e por outro jovem, também sorridente e bem vestido, entretanto, de seus olhos, felinos e profundos, faiscavam a curiosidade e a maledicência. Enfim, era a personificação da maldade que lhes convidou para entrar.

 No interior do belo castelo, com torres recobertas em mármore, que pareciam tocar o firmamento, todo o mobiliário mostrava, aqui e acolá, luxo, bom gosto, elegância. Tapetes espalhados pelos imensos salões, telas de pintores renomados cobriam as paredes, porém, a humilde ESPERANÇA, não se deixara levar pelo que era mostrado. Ela observara atentamente o ambiente, e algo de estranho que ela não sabia explicar, lhe oprimia o peito, pois tudo que via transparecia tristeza, frieza, melancolia, tudo era árido, sem vida, sem calor, e ao redor dos muros altos que circundavam a propriedade, somente cáctus eram plantados. Após segundos de profundo questionamento, foi-lhe apresentada uma senhora bem apessoada, que gentilmente lhe convidou a conhecer as demais dependências do castelo. Ela observou que os jardins e pomares eram tristes e improdutivos.

 Ela, sentindo-se curiosa, perguntou ao cavalheiro que a conduzira:

– Qual o teu nome?

 Ele, sorrindo, prontamente lhe respondeu:

– Eu me chamo EGOÍSMO.

– Qual o nome do teu irmão, então?

Imediatamente o jovem disse: Meu irmão chama-se ORGULHO.

– Qual o nome da tua genitora?

– A minha mãe chama-se INVEJA.

ESPERANÇA, libertando-se das mãos do cavalheiro, abriu as portas da bela mansão-tristeza, pôs-se a correr, correr sem destino, até onde suas energias agüentassem. De maneira alguma gostaria de rever aquelas criaturas novamente. Pensava em sua ânsia que estivesse em pesadelo. Não mais suportaria ser enganada, ultrajada, queria somente encontrar a paz.

Parou, e novamente a chorar, ficou pensativa, tendo a certeza de que outra vez estaria só em sua procura incessante pela libertação. Viu-se, quando do início de sua caminhada, como estava cansada, desiludida, sem amigos, porém necessitada de experimentar os caminhos da vida.

De repente, como se as mesmas situações se sucedessem, lhe apareceu um outro jovem, a quem não quis de maneira alguma dar a menor oportunidade em ouvir palavras elogiosas que eram proferidas por aquele anjo, da boca do qual fluíam melodias em louvor à vida, à natureza e a tudo que JESUS criara, fazendo com que ela, sem notar, se sentisse energizada, confiante e tranquila.

Após relutar incessantemente aos convites do garboso gentil-homem, aquiesceu aos chamamentos e lhe acompanhou até sua residência.

As cenas se repetiam, pois, em lá chegando, foram prazerosamente recebidos por outro jovem, que trazia em seus braços flores de todos os matizes, colhidas nos jardins. Este com um sorriso de mil palavras, as ofertou como boas-vindas.

Ao entrar no recinto, vislumbrou uma senhora que observava à distância toda a propriedade que resplandecia em regozijo e esplendor. Quando a senhora os avistou, ESPERANÇA, em seu íntimo, tinha a certeza que ali encontraria, finalmente, o que tanto procurara.

A matrona, de olhos suaves, cabelos grisalhos, sorriso majestoso, se aproximou lentamente. Porém, ainda amedrontada pelas coincidências, repentinamente quis fugir, mas foi impedida pelo primeiro cavalheiro que a convidou para sentar.

À maneira de um animal coagido, ESPERANÇA atreveu-se a perguntar ao jovem:

–  Qual o nome do teu irmão?

Ele respondeu: Meu irmão se chama PERDÃO.

– E o nome de tua mãe?

A senhora, com um breve sorriso respondeu-lhe: – Eu me chamo CARIDADE.

ESPERANÇA, sorridente e confiante, perguntou ao jovem:

– E qual é o teu nome?

Ele, fixou seus olhos nos da bela jovem e disse com voz suave:

– Eu me chamo AMOR!

 

ATÉ SEMPRE   Fernando Cesar

Reunião IASFA 05.11.2014

Novas  Aprendizagens

 

Tomé, sociólogo, viúvo com filhos já adultos, estudioso e questionador por excelência, nunca acreditou em solidariedade ou caridade sem segundas intenções. Observava a grande maioria,  e na sua opinião, o que era doado dificilmente seria valorizado. Não tinham acesso à educação, nem visão social ou política. Os valores morais não eram respeitados  e infelizmente, pouco exercidos. Nem mesmo acreditava em felicidade. Vivia confortavelmente, cercado  com seus livros e de vez em quando visitava os seus filhos e netos. 
Certo dia, no restaurante que frequentava nos fins de semana, um amigo apresentou-lhe  Tiago, jovem jornalista cheio de idéias e ideais. Logo percebeu que como todo jovem que queria “mudar o mundo.” Tiago falou que já o conhecia pelos seus artigos e tinha uma proposta a fazer. Teria que fazer uma cobertura importante no interior do Brasil e precisaria de sua ajuda. O dono do restaurante o indicara. Tomé alegou que viajara muito e atualmente não pretendia mais fazê-lo. O jovem pediu que com calma avaliasse sua proposta. Iriam  fazer um trabalho junto à comunidade indígena  e sua experiência em muito ajudaria. Daria uma semana para sua resposta. Tomé consultou os filhos que acharam que no mínimo seriam novas experiências. Reunindo sua coragem e ainda o espírito de aventura e curiosidade, prestou-se ao novo serviço.

No grupo, além de médicos, enfermeiros, técnicos e até voluntários.   Semanas de intenso e produtivo trabalho. Pessoas abnegadas que operavam, ajudavam, consultavam, tratavam e curavam indígenas e suas famílias. Cuidados, dedicação, pouco conforto e muita abnegação e grande dedicação ao próximo. O que o impressionara mais era a garra, a perseverança o entusiasmo nas diversas atividades. Casos heróicos de salvamento. Os pacientes agradeciam com gestos de carinho e o que podiam doar em objetos bonitos e coloridos. Achou que nunca mais se interessaria tanto por alguma causa. Diante de tanta abnegação desejou até se especializar em outras áreas  para maior colaboração. Aprendera a ter fé, a ser útil . Caridade, amor, tolerância. Novas, reais e verdadeiras aprendizagens.

 

(Lawrence  Jourdan)

Reunião IASFA 05.11.2014

Nada perecerá, tudo se transformará; o mal no bem e a ignorância em entendimento no significado de tudo.
Acusam-te a simplicidade, todavia desposam-se a opulência da aparência e zombam da moral.
Acusam-te o desespero de melhora e urgência do tempo, e por vezes estendem a mão na hora falsa do desespero, sedentos e apressados de alguma paz.
Os colaboradores do Cristo não temem a ira de Deus, pois sabem que do amor faz a sua justiça, que pousa serena sobre tudo que existe.
A vida segue curso rico de progresso e espera pacientemente reconhecimento na oportunidade de trabalho, o amor cobrirá através de sua face sublime do perdão a nossa multidão de erros a serviço pleno do egoísmo e do orgulho.
A vida é luz!
O progresso conduz!
E no trabalho de Jesus,
O Espírito eterno Reluz.

 

Fé, Retidão e Esperança

Thiago 31/10/2014