Finda-se o corpo para que o pássaro voe, quer no cárcere da vida, quer nas grades de ouro da percepção da materialidade e do finito.

Conseguirão mesmo cegos voar a seu interior e ensaiar a certeza que o reino dos Céus não se encerra na matéria terrena de cada dia.

Quantos pássaros libertos de suas gaiolas, já com os ferrolhos e trancas do sagrado enlace abertos se acham cativos aos pensamentos comodistas voluntariosos, limitados, jungidos a matéria pelos laços da falsa liberdade, do egoísmo, da vingança, tornando a infelicidade eterna e torturante a si próprios e ao seu derredor?

A Alma cria asas quase sempre amparada pelos bons conselhos, iniciando no instituto da família espiritual, sempre caminhando no eterno aprendizado, com as asas que ganhamos sucessivamente na sagrada escola da vida.

Aprendam a voar mesmo presos e se libertem do que lhes prende o espírito nos cárceres ilusórios da Alma passageira.

Na experiência da vida aprendam a voar na liberdade do desprendimento! Batam asas com Jesus como a prole que recebe no ninho tenro, de bico aberto, o pão sagrado da libertação, e numa manhã linda, se lança confiante na fé ao abismo desconhecido de praticar o amor, batendo as asas da caridade, do perdão que instrumentam o pequeno corpo, que vai crescendo na estatura moral as penas lindas e a habilidade sólida e fraternal na arte sublime, incondicional de alimentar e  bater asas para que o outro voe!

Bater asas amparados pelo Mestre sempre nos garantirá a eterna condição de enfrentar os ventos fortes dos pesares e de sermos eternamente gratos  a quem sempre nos alimentará e nos ensinará a voar sobre os próprios erros, possuidores de toda eternidade de ajuda e amor ao que tudo se destina no vôo livre da harmonia e do bem comum.

Fé, Retidão e Esperança

Thiago  03/11/2012