Reunião IASFA 08.08.2012

Publicado em 9 de agosto de 2012

Reunião IASFA 08.08.2012

“Se algum dentre vós quiser ser grande, seja o servidor de todos”. Jesus de Nazaré

                                                                                                                                                           

Ainda que vos sintais desamparados,

Ainda que vos sintais sozinhos e desorientados neste mundo,

Lembrai sempre com gozo: alguém por vós está velando, amparando, ainda que a desordem dos sentidos vos impeçais de ver com clareza tal atenção.

E vós? Velais quem? Velais como um ato contínuo?

Tivestes hoje a preocupação de olhar nos olhos dos vossos irmãos, expressando um afago que insinue: eu estou aqui meu irmão, minha irmã ?

Sorristes para ele abrindo com generosidade a porta de vossas almas?

Porque então te sentes tão só e desamparado, se nem mesmo vós fostes capaz de perceber tamanha solidão e desamparo naqueles corações?

Dizeis neste mundo com certa insistência que determinadas oportunidades não se dão mais de uma vez em vossas vidas. Pontualmente vem e vão para não regressar. Mas porque pensais assim?

Será efeito de humores depressivos ou talvez porque olhais somente para as oportunidades relativas aos vossos assuntos esquecendo todo o demais?

Ou talvez porque esperais tanto da vida sem dar sequer um pouco, como dar ao vosso irmão um sorriso, a palavra leve, meditada e principalmente, a vossa compreensão, mesmo naqueles casos em que estejais com a razão.

Sabei que a oportunidade de velar alguém é fruto maduro de todos os dias, basta que queirais e estará a vossa disposição.

Não haverá um dia em que não tereis a oportunidade de serdes afáveis, amorosos e lúcidos no propósito de vossas vidas. Porque não ser oportuno então?

Lembrai, meus queridos irmãos, alguém por vós está velando.

Portanto é necessário também que tenhais cuidados com vossos irmãos, pois sem eles não há mundo possível, tampouco evolução na senda espiritual.

O que fizerdes a eles estareis fazendo a vós.

Não chegareis ao céu da paz interior germinando solidão no coração.

Pode-se até chegar perto meditando em Deus nos vossos corações, mas jamais sem que vos convertais em seres capazes de invocar continuamente seu amor ao próximo.

Comeceis hoje esta obra benfazeja, esvaziando vossos corações do ego dos vossos assuntos e povoando-o de alegria, leveza e fraternidade para com os outros.

Jesus Cristo foi o vosso grande irmão e pai, sem desprezar jamais àqueles que estavam a sua volta, com alegria, leveza e fraternidade.

A culminância de sua obra não foi determinada por sua paixão na cruz, mas sim pelo rastro de paixões divinas que deixou intensamente nos corações daqueles que com ele compartilharam no seu tempo.

Lembrai sempre que o mestre foi gentil, amável, atento, sorridente, responsável, dedicado aos irmãos, mesmo nos momentos de inúmeras tribulações na carne.

Esta foi a semente ímpar que chegou aos tempos de hoje, ainda pouco compreendida por muito de vós, ainda desprezada pelos atuais sacerdotes do templo.

Não quereis ser sacerdotes do templo, quereis?

Olhai então vossos irmãos com verdadeira atenção e interesse.

Parem-se, vejam, detenham-se neles sem desprezo ou egoísmo.

Esta é a matéria principal de vossas profanas tarefas com possibilidades de divinos resultados.

Vinde portanto a esta casa de Deus com um propósito firme: orar pelos outros, inclusive àqueles que vós nunca conhecereis. Desde então haverá sempre uma oração em algum lugar dirigida a ti.

Crede vós, não se vai a Deus sem que enxugueis com sentimento verdadeiro as lágrimas de vossos irmãos ao menos uma vez ao longo das vossas existências. Podeis fazer muitas vezes por mera obrigação, por oficio, por razões morais, mas em verdade vos digo, não terá este gesto a mesma luz a não ser quando provido de semente já plantada no coração.

Se assim o fizerdes, alguém velará sempre por vós.

E mesmo que falheis, momentaneamente, o Pai seguirá velando por ti.

Abri vossos corações com largueza de juízo e sentimento.

E ainda que isto custe entendimento, não poupeis esforços para sorrir bendizendo sempre vossos irmãos.

Somente assim conhecereis a verdadeira paz.

Peço agora a vós então que penseis por um momento em tudo que aqui foi dito e olheis então para os vossos irmãos sentados ao lado.

Dizei a eles com o coração carregado de sentimento: eu estou aqui meu irmão, minha irmã. Estamos juntos neste caminho.

E ao saírem hoje desta casa levem consigo esta ponderação para sempre: como velarei meus queridos irmãos amanhã?

Que Deus tenha piedade de todos nós.

Por amor a todos vós.

                                                          

Frei Juan de la Cruz.       Para servir.   04/08/2012


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