Até quando?
Serei capaz de apontar ou criticar erros de outros, quando, eu mesmo, ainda os cometo?
Deixarei de usar, convenientemente, minhas palavras gestos e ações em nome de minha consciência, retidão e fé?
Conseguirei rezar com constância e frequência sabendo que a oração é o que me alivia, fortalece e pacifica?
Tentarei ver realmente o valor da disciplina em todas as ocasiões e situações na convivência com meus semelhantes?
Atingirei a convicção de que dependerá sempre de mim ser íntegro, trabalhador, fiel aos meus princípios, não julgar nem deixar de perdoar, para ser um ser humano melhor?
Continuarei a praticar uma caridade desfocada dos verdadeiros objetivos, sem trabalho no bem, mas simplesmente doando aquilo que me sobra, que não me faz falta?
Prometerei, deixando de cumprir, em nome de medos que só demonstram falta de fé e incapacidade de amar o próximo?
Finalmente entenderei que terei que agir com bondade e muita consideração, principalmente, com aqueles que me magoam?
Esquecerei mágoas e melindres reconhecendo que além de fazerem mal a responsabilidade é minha e foram na grande parte das vezes, criadas por mim mesmo?
Aceitarei de bom grado o que aprendo, mesmo sendo contrário às minhas opiniões?
Serei capaz de tolerar e ajudar a quem precisa, independentemente, das influências intolerantes e preconceituosas?
Entenderei a incompreensão, sem enfocar ingratidões e desajustes?
Até quando?
(Lawrence Jourdan)