FÉ, ESPERANÇA, MISERICÓRDIA!
De repente, Sandro se pegou sorrindo e cantando a velha melodia que sempre gostara. Música alegre e envolvente que o reportava para os velhos tempos de sua infância no interior. Tão diferente dos tempos atuais. Recordações queridas, todos com as cadeiras no portão, colocando as “notícias em dia”, etc… etc…
Apesar de conviver com fatos adversos, dores, aflições, e desigualdades sociais, Sandro aprendeu o valor do sorriso, da tolerância, do respeito e principalmente da caridade.
Resolveu caminhar calmamente, aproveitando a manhã calma e bonita do outono, com temperatura amena, agradável e de muita paz. Estado íntimo e sensação de liberdade que a muito não acontecia.
Lembrou-se de Renato, que agora, integrado na sociedade, passara por grandes dificuldades na sua chegada. Era um rapaz triste e aflito que procurava o que fazer, pois tivera seu carrinho de feira roubado. Após checar a veracidade do fato, bem como seus documentos, Sandro resolveu ajudá-lo, não só com o necessário para seu trabalho, como também outro lugar para sua moradia. Bendita opção! Atualmente com fregueses certos, o moço além de já estar adaptado, sustenta-se, vendendo seus legumes, verduras e frutas sem agrotóxicos.
Sentiu-se privilegiado. Estado íntimo onde agradecia a Deus a paz, como um combustível energético, produzido pelo simples fato da caridade constante e permanente, produzindo alegria. Sabia que só dependeria dele sentir-se assim.
(Lawrence Jourdan)