Para muitos, o bem e o mal são uma questão de ponto de vista. A maioria dos viventes visa, em primeiro lugar, o interesse que lhe dirige a vontade, ou seja, a intenção de obter alguma vantagem, algum favor ou, por outro lado, olvidar a oportunidade que surja. Concernente a essas atitudes, o comportamento humano escolhe entre fazer o bem para conseguir alcançar seus objetivos ou fazer o mal ignorando a oportunidade que não lhe favorece, mas, quem sabe, serviria a tantos. São atitudes puramente orientadas pelo egoísmo.

Entretanto, do ponto de vista do Evangelho, o bem e o mal em nada se assemelham com aqueles descritos, porquanto, o bem a que se refere o Cristianismo é derivado de sentimentos de bondade, de paciência, de compreensão e de amor incondicional que o espírito adquire ao longo de suas diversas experiências, seja neste orbe ou no plano espiritual. E saibam todos que por este ciclo todos estaremos inclinados a passar, vivenciar, aprender, enfim moldar nossas personalidades, não importando quanto tempo demore.

Em sentido oposto, o mal decorre da insistência de o homem permanecer vagando pelo mundo material onde imperam a revolta, o ciúme, o egoísmo, o orgulho, a devassidão, a mentira, enfim, a paixão humana embrutecida e tudo o mais que faz brotar no coração a vontade de vingança, de dominação inconsequente, de obsessão, de fascinação que só serão vencidos se o perdão, o verdadeiro perdão, ascender sobre tudo. Para isso, o espírito há de sofrer, de mortificar-se, de ser envolto nas malhas da dúvida, da incerteza e dos horrores que lhe assolam a alma noite e dia. Somente o arrependimento, precursor do perdão, poderá libertá-lo de tanto sofrimento, não importando quanto tempo demore.

O Caminho a ser trilhado por todos nós não está livre de emboscadas, de surpresas desagradáveis, cabendo a cada um se armar com o Evangelho do Senhor para, através da fé e da oração, suportar e vencer tantas intempéries.

Portanto, amigo, para ser bom e fazer o bem hás de saber aplicar a nobre lição que o Pai ensinou: “Fazei ao teu próximo aquilo que gostaríeis que vos fizessem!” Agindo assim, estarás no caminho do bem, da caridade e o Senhor estará contigo.

Se, contudo, busca o mal por carregar o teu peito dominado pelo rancor, pelo ódio, pela vingança e pelo desamor, aguarde, pois o Pai não abandona suas ovelhas. Antes, Ele vai em busca daquela que se desgarrou do rebanho e, quando a encontrar, dela se regozijará, pois, “verá que o filho à Casa torna!”.

Tenham fé, amigos. Confiem no Pai. Não temam porque, cedo ou tarde, todos nos reuniremos, percorrendo a mesma estrada, onde cada qual trabalhará em comunhão com os outros para o bem de todos.

O Senhor esteja com todos!

 Pe. Phillipi D’Almada  18/11/2013.