FUTILIDADES
Inutilidades…
Por que, às vezes, somos “assaltados” por pensamentos que nos levam a achar que precisamos obter mais e melhores bens materiais? A nós mesmos, justificamos com a certeza da grande necessidade. O poder das futilidades. Ter para ser. Assim, transgredimo-nos até financeiramente. Sacrifícios em nome de bens discutíveis, em nome muitas vezes de uma vaidade exacerbada. Bens que se acumulam. A mídia nos “bombardeia” com ofertas que nos impõem a beleza, o poder, o luxo, a vaidade para sermos mais. Mais …Mais queridos, mais vistos, mais capazes, mais aceitos, mais bonitos, ”melhores”. Evitamos o pensamento re sponsável, idôneo, íntegro e objetivo. Intimamente sabemos que nada disso nos “sustentará” verdadeiramente. Nosso tempo se esvai, nossa mente é ocupada pela ilusão que se estabelece como uma força de inclusão à sociedade. Deixamos de lado coisas e ações que eram hábitos no bem, e que nos eram imprescindíveis e até nos “sustentavam” física, mental e emocionalmente. Acontece a valorização do ego. A palavra que iria redimir, o abraço que iria confortar, o gesto que sempre acolhia, deixa de ser feito. Não há mais nenhum tempo disponível. Mas “inexplicavelmente” o cansaço se apresenta, a dúvida se instala, a falta de ânimo aparece, a insegurança é uma constante. A verdade de que realmente nada somos, temos que nos cuidar integralmente, e, que as verdadeiras posses são internas, de repente vem nos confirmar. Recuperação, redenção, esclarecimento. A urgência da paz é uma necessidade. A esperança volta e até consegue nos tranquilizar. Tempo de ter tempo. Autocrítica e fortalecimento interno. Pensamento novamente voltado para o bem. O bem como o grande provedor do equilíbrio interno. Ser para ter!
(Lawrence Jourdan)