ATÉ QUANDO?                

Do brilho de teus olhos não reencontro a esperança de outrora;

Do sorriso de teus lábios desapareceu a alegria do passado;

Do abraço forte de antigamente desfaleceram o vigor e a confiança;

Do peito onde o entusiasmo brotava, agora surgem momentos de incerteza e insegurança;

Da fé que te apoiavas, não visualizo a luz que guiava teus sonhos, e, agora,  somente recolho pequenos pedaços de uma valiosa taça de cristal na qual saboreávamos o mais doce licor da esperança;

Dos pés firmes que seguiam sobre pedras e espinhos sem temor, marcas deixadas pela tristeza e pela solidão, não mais te permitem caminhar com determinação e confiança;

Do coração onde se colhiam flores vivas e perfumadas, onde havia um horizonte promissor e verdadeiro, apenas se consegue enxergar e sentir um deserto sem vida, onde a alegria se despediu e a crença no semelhante e na vida,  se tornou um espantalho vivo, a assustar pássaros à procura de alimento e tranquilidade;

Assim se apresenta, diariamente, a maioria dos homens, todos procurando seus sonhos, mas vivendo dentro de seus pesadelos e desilusões, desnorteados e tristes…

As estradas são várias, os avisos se multiplicam, os conselhos são inúmeros, porém, a aceitação e prática, ainda estão muito longe serem entendidas.

Por isso a dor aumenta, até quando?

Alia-te ao amor, age com amor, sente o amor  e aguarda os frutos que a ti chegarão.

Até Sempre  Fernando Cesar   17 08 2017