Aparentemente…
Aparentemente sou um ser integrado, cônscio de muitas e várias responsabilidades, útil à sociedade, mas, quando realmente poderei exercer para mim mesmo, meus filhos o verdadeiro exemplo de fé, integridade e respeito sem falsas demagogias e camuflados preconceitos?
Estou sempre de pleno acordo, reconhecendo o valor da prece pronto nos meus conselhos e advertências, mas recorro a ela também, com toda a minha fé?
Deixo a emoção me dominar de forma passageira e fugaz, mas deixo-a fluir e utilizá-la convenientemente para influenciar no bem, em oportunidades
de favorecimento ao próximo como aprendizado?
Sou assíduo defensor da natureza, preservação e proteção ambiental, enaltecendo valores educacionais e sociais, respeito ao próximo, mas, reciclo meu lixo, respeito os sinais de trânsito, recorro a documentos irrisórios, aparentemente ilícitos, para me favorecer em declarações obrigatórias, achando normais ou simplesmente corriqueiras, pois não terão sanções penais?
Sou o primeiro a demonstrar benevolência na assistência e obras voltadas para a caridade, mas, na realidade ajudo aos menos favorecidos quando estou só, sem testemunhas?
Aparentemente procuro ser justo, não emitindo opinião em favor do mais forte ou do que esteja exercendo momentaneamente qualquer cargo ou poder; mas, correspondo à verdade? Sigo ás aparências para não me envolver?
Simples aparências?
(Lawrence Jourdan)