Reunião IASFA 30.07.2014

Publicado em 30 de julho de 2014

Reunião IASFA 30.07.2014

Zeca e Nair pescadores do Rincão, uma região no interior de Santa Catarina, trabalhavam pelo sustento da família, junto com outros pescadores da região. Apesar do trabalho árduo, possuíam uma pequena roça de onde, aliado a pesca, plantavam e colhiam  verduras e legumes. A região pouco frequentada no inverno, não parecia a mesma no verão. Para lá  muitas famílias da cidade iam relaxar e aproveitar a imensa praia. Bugres, carros de passeio, churrasqueiras, pesca submarina, etc…, mudavam completamente o visual, dando vez ao progresso. Nair, boa cozinheira, era muito requisitada e se esmerava nos pratos típicos. Sua bondade e simplicidade faziam com que se sentisse à vontade com os visitantes, e fazia também pequenos trabalhos domésticos nas casas recém alugadas para a temporada.        Numa dessas casas conheceu Jorge, um visitante que apesar de ser delicado,  parecia esgotado e estressado. Impaciente, não conseguindo ordenar seu material de pesca e suas pranchas de windsurf, disse a Nair que ia dar tudo para seu filho. Esta de maneira afetuosa,  explicou que seu filho, um rapaz maravilhoso, não ia gostar porque a máquina da fábrica, por um descuido seu, amputara seu braço. Jorge espantado perguntou o que ele fazia. Ora, depois do acidente, não teve jeito, tinha que fazer outra coisa. Eu disse que Deus sabe o que faz sempre e ele não tinha que chorar e se lamentar. Nós somos pobres, mas nossa fé é nossa maior riqueza. Não era possível para Jorge entender aquilo. Com grande poder aquisitivo, mas com a família desunida e complicada, realmente não entendia Nair, que parecia feliz, leve, plena. O que faz seu filho? Lembrou-se de seus comprimidos para insônia, enxaqueca, ansiedade, etc, etc… Toma muito remédio? Para que? Ele adora a vida. Jesus botou no caminho dele, na última temporada um corredor. Ele pertence a uma coisa chamada ONG que  deixa meu filho participar. Ele se hospeda até em hotel! E tudo pago! Quer conhecê-lo? Nair, o que você faz para ser tão feliz, se você é pobre e precisa até trabalhar na casa dos outros? Mas, eu amo o que faço! Nunca tenho tempo, pois ainda ajudo os mais pobres que eu! Sabe a Filomena? Aquela moça que vende doce? Ela é deficiente física e uma excelente doceira! Nós rimos muito! Jorge além de espantado, sentia-se envergonhado. Nair, no dia seguinte trouxe seu filho para ver as pranchas e o rapaz agradeceu sorridente e conversando, convidou Jorge para correr com ele, cedo, na praia. Eu? nem sei se consigo! André pacientemente explicou que era uma questão de tempo. Ao ficar sem o braço achou que tudo estava perdido, mas, ao escutar sua mãe, sua fé e sua solidariedade, logo se convenceu, pois ao caminhar pela areia da imensa praia percebia a natureza, as aves, os cachorros que o seguiam, as nuvens, o céu, DEUS!   Ainda parecia escutar sua mãe dizendo: Acredita filho! Muda o pensamento! Vira o jogo! A felicidade existe e depende de você! Ajudando o outro você estará se ajudando! Eu confio em você! Sorria para a vida André! Não falta o que fazer e a quem ajudar! Você pode até escolher o trabalho! Sonha meu filho! E não se esqueça de colocar uma prece de coração, no meio do seu sonho! Uma semana depois André ia para uma nova competição,  mas deixava o novo amigo completamente revigorado.

Jorge era outra pessoa. Aprendera, ao caminhar diariamente, a ser mais calmo, mais afetuoso, agradecido, pois com aquela gente simples,  um novo caminho surgiu. Virou o jogo! Seu pensamento era quase totalmente otimista, praticava novos esportes, sua família ia chegar,  e ele tinha quase certeza que não seria fácil, mas, tudo ia dar certo. Ofereceu a Nair uma quantia extra para os mais necessitados e disse que ficaria muito feliz se ela aceitasse, pois aprendera com ela e com seu filho a riqueza da fé e da solidariedade. Aprendera a “ Virar o Jogo”.                            

 

(Lawrence Jourdan)


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