RECOLHENDO PEDRAS…
Pedras. Tamanhos, formatos, redondas, leves, pesadas…
Se as jogássemos contra uma árvore frutífera, ela nos devolveria seu fruto. Mas, com ou sem propósitos, elas são impregnadas de raiva, mágoas, injustiças, infelicidade. Pedras com a energia da dor. Atiradas a esmo, machucam, contundem, corrompem, contagiam. Inadvertidamente, se confundem, estragam, trazendo prejuízos e mais dores. A forca do mar pode ser transformada em energia útil e revitalizante. O vento é também transformado em energia Por que não o mal em bem? Tentativas da lógica, da verdade, sem subterfúgios, sem medo, com consequências benéficas, apaziguadoras, sutis. Uniã o e criatividade num trabalho para a reabilitação da paz. Recolher e transformar! Dor em recolhimento e Arte. Angústia e injustiça em esperança e fé. Tristeza em alegria. Entulhos, cacos, objetos quebrados, sobras, material da mais diversa textura em beleza. Estátuas, molduras, Arte que admira, contagia, ensina, emprega. Utopia ou mera tentativa? Dúvidas e certezas a serem trabalhadas com coragem e fé. Atiramos pedras quando julgamos, duvidamos, não nos integramos no bem, criticamos, nos corrompemos, usamos o preconceito, desconfiamos e não nos sustentamos até moralmente. A pilastra a ser edificada, a 1ª, somos nós. E depende de nós. Construções têm que aco ntecer! Em cada um de nós! Pedras recolhidas e transformadas! PAZ e BEM!
(Lawrence Jourdan)